“O programa de ACM Neto seguirá a proposta do DEM e do PSDB. Ele quer governar a cidade como fazem as empresas. O que não é um bom sinal
Emiliano José, Brasil 247
Richard
Sennet, no livro O declínio do homem
público, afirma que a política é teatro, e a afirmação é feita
positivamente. É um elogio à política como elemento civilizatório, como uma
atividade que reclama adaptação à correlação de forças, que implica
subestimação dos ódios pessoais, fortalecimento do espírito público. É bom
lembrar isso em tempos em que a política anda tão combatida, como se ela não
fosse tão essencial aos homens e mulheres de todo o mundo, como de fato é.
Agora, teatro, aqui, não pode significar enganar a multidão, ludibriar o povo,
prometer o que não se pode cumprir. Aí, vira politicalha, não é mais política.
Parto
disso para discutir os primeiros passos do prefeito eleito e empossado de
Salvador, ACM Neto. E, de pronto, alerto que sei de uma espécie de prudente
ritual, segundo o qual há que se esperar um bom tempo até que se possa criticar
o novo administrador e suas políticas, no essencial um ritual correto e, por
isso, me aterei apenas àquilo que já foi feito, e se feito, se exposto ao sol,
sujeito à crítica, se crítica couber. Bom, quem sabe, até para o novo prefeito
repensar o que diz, quando for o caso.
Sou jornalista, mas se alguém disser,
maliciosamente, que sempre fui adversário do grupo político do prefeito, estará
dizendo a verdade. Isso não invalida a crítica, porque não penso existir ser
humano imparcial na face da terra. O esforço, e eu o faço, é para não distorcer
fatos, sempre enquadrá-los corretamente, contextualizá-los, aproximar-se o mais
que se possa da verdade. Não tenho qualquer animosidade pessoal com o prefeito
eleito.
Somos apenas adversários políticos, e a apresentação de diferenças é
parte da vida democrática, dá vitalidade à democracia. Agora, ao primeiro
ponto: o secretariado que o prefeito apresentou à cidade.”
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