Morte de rapper alarga cinturão de ódio em SP



Grande São Paulo radicalizada; jovens morrem sob balas de bandidos que chegam gritando “é polícia!”; PMs são gravados matando a tiros; distinção entre trabalhadores, marginais, comerciantes, viciados, doentes, traficantes, artistas, estudantes e chefes de família acabou; basta estar de pé para se arriscar a tombar; ídolo dos racionais, Mano Brown (à esq.) quer impeachment do governador Geraldo Alckmin; seu parceiro DJ Lah não canta mais: “Você tem a Glock na mão, não tem a humildade de um sangue bom”; foi enterrado em Campo Limpo

Brasil 247

Na primeira chacina do ano, os bandidos encapuzados chegaram gritando: "É polícia!". Acabou tragicamente, ali, a distinção entre bandido e mocinho. Sete pessoas, sentadas à porta de um bar, morreram. Os bandidos falaram a verdade? Eram polícia mesmo? Ninguém sabe, até agora. Mas que a palavra polícia mete medo e pânico, isso é consenso. Mais de dois mil moradores da periferia foram mortos em assassinatos no último ano, nos bairros mais pobres de São Paulo. A maioria, jovens negros. Um morticínio que motivou o surgimento do Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra.

Entre o tráfico de drogas multiplicado pelas esquinas, as duplas assassinas que circulam em motocicletas atirando em aglomerações e as patrulhas mortíferas da Polícia Militar, saber quem é quem, hoje, na periferia de São Paulo, é uma missão impossível. Todos são suspeitos e são vítimas, todos podem abater e tombar nessa guerra aberta.”
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