Gianni Carta, CartaCapital
Resumiu
Zbigniew Brzezinski, Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy
Carter entre 1977 e 1981: “Não creio que exista uma obrigação implícita para os
Estados Unidos seguirem como uma estúpida mula qualquer ação dos Israelenses. Se
decidem começar uma guerra, (os israelenses) simplesmente assumem que nós
estaremos automaticamente envolvidos”.
Acrescentou Brzezinski: “Nossa obrigação, como amigos, é dizer, ‘vocês não vão tomar uma decisão nacional em nosso nome’.”
De inocente, isso já não é segredo faz décadas e décadas, o Tio Sam não tem nada. Apoia Israel com um baita empurrão do lobby judeu. E para vencer eleições todo presidente norte-americano precisa desse dito lobby.
É claro que a situação, a despeito do que disse Netanyahu quando da mudança de status da Palestina na ONU, mudaria.
Até Barack Obama, supostamente tão empenhado em uma solução no Oriente Médio – e que em 2009 fez um magnífico discurso no Cairo sobre a necessidade de um diálogo entre o mundo cristão e árabe e muçulmano –, sabia que, desta feita, os israelenses dariam o troco.
Na verdade, a Palestina não passou a ser um Estado a integrar a ONU. Mas, por outro lado, não é mais uma “entidade”, e sim um “Estado observador”.
E como Estado observador a Palestina tem o direito de recorrer à Corte Penal Internacional (CPI) nos casos de genocídios cometidos contra seu povo pelo Estado de Israel.
Detalhe: Israel não é signatário da CPI.
O que fez o senhor Netanyahu, com o sólido apoio do fiel Lieberman?
Vingou-se de Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina agora visto como um herói na Palestina, e, mais do que nunca, em busca de ruma reconciliação entre as duas divididas regiões palestinas, a Cisjordânia e a Faixa (Prisão) de Gaza, esta controlada pelo grupo radical Hamas, eleito de forma democrática em 2006.
Um dia após a votação na ONU favorável a uma Palestina observadora, o premier israelense anunciou a construção de 3 mil casas em Jerusalém Leste e na Cisjordânia, territórios Palestinos ocupados.
Como se isso não bastasse, no domingo 2 o governo israelense disse aos palestinos que não receberão os fundos que pagaram em impostos a Israel devido à aprovação na ONU do Estado Palestino. Os 120 milhões de dólares serão usados para amortizar uma dívida palestina com a companhia israelense de eletricidade.
Perceptivo, o doutor Kevin Barrett, colunista de renome de vários jornais norte-americanos e especializado em mundo árabe e muçulmano, indagou: “Essa ‘estúpida mula norte-americana’ descrita por Brzezinski vai acordar”?"
“Nada vai mudar”, disse Benjamin Netanyahu
quando na quinta-feira 29, 138 países votaram pelo reconhecimento da Palestina
como Estado observador da ONU. Tratou-se um passo crucial para a criação de
“dois Estados”, um hebreu, o outro Palestino, baseado nas fronteiras de 1967.
O reacionário ministro israelense do
Exterior, Avigador Lieberman, falou, ao se inteirar da decisão da ONU, de
“terrorismo de Estado”. Terrorismo da ONU, supõe-se, e, portanto de numerosos
Estados “terroristas”.
No entanto, o tabefe na truculência
israelense e na diplomacia dos EUA, como já escrevi nesse site, foi demasiado
forte para ser perdoado pelo governo israelense.
Washington, como sempre, fez um jogo duplo.
Votaram contra a resolução de aceitar a Palestina como um Estado observador,
mas, ao mesmo tempo, parecia (ou fingia-se?) inquieta com as retaliações
israelenses.
Acrescentou Brzezinski: “Nossa obrigação, como amigos, é dizer, ‘vocês não vão tomar uma decisão nacional em nosso nome’.”
De inocente, isso já não é segredo faz décadas e décadas, o Tio Sam não tem nada. Apoia Israel com um baita empurrão do lobby judeu. E para vencer eleições todo presidente norte-americano precisa desse dito lobby.
É claro que a situação, a despeito do que disse Netanyahu quando da mudança de status da Palestina na ONU, mudaria.
Até Barack Obama, supostamente tão empenhado em uma solução no Oriente Médio – e que em 2009 fez um magnífico discurso no Cairo sobre a necessidade de um diálogo entre o mundo cristão e árabe e muçulmano –, sabia que, desta feita, os israelenses dariam o troco.
Na verdade, a Palestina não passou a ser um Estado a integrar a ONU. Mas, por outro lado, não é mais uma “entidade”, e sim um “Estado observador”.
E como Estado observador a Palestina tem o direito de recorrer à Corte Penal Internacional (CPI) nos casos de genocídios cometidos contra seu povo pelo Estado de Israel.
Detalhe: Israel não é signatário da CPI.
O que fez o senhor Netanyahu, com o sólido apoio do fiel Lieberman?
Vingou-se de Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina agora visto como um herói na Palestina, e, mais do que nunca, em busca de ruma reconciliação entre as duas divididas regiões palestinas, a Cisjordânia e a Faixa (Prisão) de Gaza, esta controlada pelo grupo radical Hamas, eleito de forma democrática em 2006.
Um dia após a votação na ONU favorável a uma Palestina observadora, o premier israelense anunciou a construção de 3 mil casas em Jerusalém Leste e na Cisjordânia, territórios Palestinos ocupados.
Como se isso não bastasse, no domingo 2 o governo israelense disse aos palestinos que não receberão os fundos que pagaram em impostos a Israel devido à aprovação na ONU do Estado Palestino. Os 120 milhões de dólares serão usados para amortizar uma dívida palestina com a companhia israelense de eletricidade.
Perceptivo, o doutor Kevin Barrett, colunista de renome de vários jornais norte-americanos e especializado em mundo árabe e muçulmano, indagou: “Essa ‘estúpida mula norte-americana’ descrita por Brzezinski vai acordar”?"
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