O prefeito eleito
de São Paulo, Fernando Haddad
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Matheus Pichonelli, CartaCapital
“Se pudessem, seis em cada dez moradores de
São Paulo deixariam a metrópole para viver em outra cidade. Os números,
apurados pelo Ibope em pesquisa encomendada em 2010 pelo Movimento Nossa São
Paulo, é só um dos muitos indicativos do que o prefeito Fernando Haddad (PT)
terá pela frente a partir de 1º de janeiro de 2013. Trânsito carregado,
violência banalizada, falta de espaços públicos adequados de convivência,
sujeira acumulada, custo de vida elevado, centro expandido e decadente,
poluição, postes sem iluminação, escassez de moradias, falta vagas em creches,
escolas e hospitais de qualidade, riscos de inundação, alagamento e quedas de
barreira durante boa parte do ano.
Não são poucos os motivos que fazem os
paulistanos vislumbrarem em cidades distantes a projeção de vida ideal, longe
da balburdia de quem vive menos e sobrevive mais a cada dia numa rotina que
coloca em teste a própria capacidade de não enlouquecer. Convencer essas
pessoas de que a metrópole pode, sim, ser o lugar ideal para se criar os filhos
seria tarefa complexa para qualquer administrador disposto a arregaçar as
mangas e consertar o que tiver ao seu alcance. É tarefa ingrata, mas possível.
O problema é quando o prefeito faz parte dos 57% dos moradores da metrópole
que, se pudessem, fugiriam para longe.
É mais ou menos isso o que acontece quando
11 milhões de habitantes são tratados como trampolins para voos supostamente
mais altos.”
Foto: José Patrício/AE
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