Marcelo Semer, Blog do
Marcelo Semer
“Quando o ex-presidente Lula sinalizou que
pretendia indicar um negro para compor o Supremo Tribunal Federal em 2003, a grande imprensa
chiou e a comunidade jurídica torceu o nariz.
Supremo não é lugar para cotas, não se pode
mensurar capacidade de ministro pela cor da pele. Essas e tantas outras
objeções foram ouvidas a granel à época.
Nove anos depois, Joaquim Barbosa é saudado
com pompa e circunstância como o primeiro negro a presidir o STF –mas uma coisa
não existiu sem a outra.
Deu-se o mesmo, é verdade, com o
ex-presidente Fernando Henrique ao nomear, também com enorme e inexplicável
atraso, a primeira mulher para nossa Suprema Corte.
Como Barbosa, Ellen Gracie também tinha
competências de sobra para ocupar o lugar que ocupou –mas eles teriam chegado
lá com a inércia e a força da tradição que vinham marcando o poder há décadas?
Que proporção de mulheres em cargos de
liderança ou de negros na Justiça temos, até os dias de hoje, para poder
considerar isso “normal”?”
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