“Para quem já foi considerado um dos mais
combativos nomes da esquerda nacional, o deputado federal Roberto Freire (PPS)
tem se mostrado cada vez mais alinhado à linha dura da direita nacional; além
das críticas constantes ao PT e ao governo federal, o parlamentar clama, agora,
por uma investigação por parte da Procuradoria Geral da República para apurar
os aspectos ainda desconhecidos do esquema de Marcos Valério - especialmente a
suposta participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mensalão; a
base para isto? A última matéria de capa da revista Veja
Brasil 247
A mais nova capa da revista Veja, em que
tentam ligar o ex-presidente Lula ao assassinato de Celso Daniel, mexeu com os
brios de muita gente, em especial os da oposição. Nada mais natural que
dirigentes de partidos que não veem com bons olhos os resultados obtidos pelo
PT, seja em nível social, econômico ou político, esbravejasse aos quatro ventos
que é necessário brecar os planos de permanência no poder por parte do PT.
Críticas de dirigentes como Sérgio Guerra (PSDB), Agripino Maia (DEM),
entre outros são mais que naturais no jogo democrático. O que causa estranheza
é que um dos primeiros a pedir uma investigação de forma de forma urgente –
tendo como base uma reportagem onde se pressupõe que o operador do Mensalão,
Marcos Valério tenha segredos de alcova contra Lula – parta de quem já foi
considerado um dos mais representativos nomes da esquerda nacional, o atual
presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire.
"Nós temos que nos posicionar, não
podemos esperar. A cada dia surgem novos fatos. Nós precisamos que o Ministério
Público abra um novo inquérito para investigar tudo isso", diz o
parlamentar. Mas o que motiva este ódio por parte de alguém que até 2004
integrava a base do governo Lula e que hoje o pinta quase como um demônio que
deve ser expulso do convívio com os demais mortais?
O antigo comunista, sempre teve até 2002 um
amplo apoio da população pernambucana, em especial os dos que fazem o chamado
voto de opinião. Naquela eleição, contudo, Freire foi o menos votado,
angariando apenas 54.003 votos, elegendo-se com certa dificuldade.
Naquela ocasião, ele atribuiu o seu fraco desempenho por estar ao lado do
candidato Ciro Gomes, que estava em queda livre nas pesquisas. Poucos anos
depois, ele aparecia como suplente do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e em
2008 acabou transferindo seu domicílio eleitoral para São Paulo, onde garantiu
uma sobrevida política.”
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