“Autoridades do governo do Rio não fazem
discursos em palanque; intenção foi apenas a de marcar posição a favor do
Estado sem constranger a presidente; prefeitos de todos os municípios
produtores de petróleo, diferentes categorias profissionais, artistas e
intelectuais participaram do ato; autoridades acreditam que Dilma irá vetar os
artigos 3 e 4 da lei aprovada pelo Congresso; "Isso já será suficiente
para zerar as perdas do nosso Estado", disse o vice-governador Luiz
Fernando Pezão ao 247
Marco Damiani_247 / Brasil 247
Com a presença de delegações de todos os
municípios fluminenses produtores de petróleo, o centro do Rio de Janeiro foi
tomado por cerca de 50 mil pessoas na manifestações chamada de "Veta,
Dilma". Coordenada pelo governador Sérgio Cabral e pelo vice Luiz Fernando
Pezão, a manifestação atraiu políticos de todos os partidos.
Representantes de diferentes categorias
profissionais participaram da passeata com faixas que estampavam apelos pelo
veto e protestos contra a aprovação, pelo Congresso Nacional, da legislação que
pode retirar até R$ 57 bilhões dos estados do Rio e do Espírito Santo até 2020.
"Essa é mais uma página da nossa democracia, que não aceita ultrapassagem
à Constituição", disse o governador Sérgio Cabral. "As perdas são
inaceitáveis e não serão admitidos pela presidente Dilma e pela nossa
população", completou o vice Pezão.
As autoridades resolveram não fazer
discursos em palanque. A
intenção foi não constrager a presidente Dilma Rousseff, mas, ao mesmo tempo,
marcar a posição do Estado. E o ato foi considerado um sucesso. "O mais
importante é a união do Rio em torno de uma causa que todos sabem que é
justa", disse o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani.
Ao 247, o secretário estadual de Meio
Ambiente, Carlos Minc, que é ex-ministro do governo Lula, afirmou que já há um
acordo em andamento; por ele, a presidente irá vetar os artgos 3 e 4 da
legislação dos royalties. O prefeito eleito de Nova Iguaçu, deputado federal
Nelson Bornier (PMDB), afirmou que essa questão é fundamental para o desenvolvimento
do Estado nos próximos anos.
"Ao prejudicar o maior produror de
petróleo do Brasil, a nova lei fere os interesses do nosso povo e exigiu essa
reação imediata do nosso Estado, que é o povo na rua. A presidente sera
sensível", disse o prefeito eleito.
Artistas, intelectuais e autoridades de
outros estados participaram do comício. Agora à noite, a manifestação entra na
fase de discursos na Cinelândia, o coração das manifestações políticas
democráticas de todo o país. O evento atraiu até a solidariedade de politicos
de outros estados. "O Rio não merece essa discriminação", disse ao
247 o secretário estadual de Energia de São Paulo, José Aníbal.”
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