Isabela Vieira, Agência Brasil
“Consideradas as regiões mais pobres do
país, o Norte o Nordeste aumentaram a contribuição no Produto Interno Bruto
(PIB, que é a soma de todos os bens e serviços do país ), entre 2002 e 2010. No
Norte, a participação subiu de 4,7% para 5,3% (aumento de 0,6 ponto percentual)
e, no Nordeste, de 13% para 13,5% (alta de 0,5 ponto percentual).
Os dados fazem parte da pesquisa Contas
Regionais do Brasil 2010, divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, no Centro-Oeste, também houve
aumento da contribuição, de 8,8%, em 2002, para 9,3%, em 2010 (elevação de 0,5
ponto percentual).
No mesmo período, diminuíram a participação
no Produto Interno Bruto o Sul (de 16,9% para 16,5%, queda de 0,4 ponto
percentual) e o Sudeste (56,7% para 55,4%, redução de 1,3 ponto percentual).
Segundo a pesquisa, oito estados continuam
concentrando 77,8% das riqueza do país e São Paulo continua responsável pela
maior contribuição, com 33,1% do PIB. Entre os estados, Roraima deu a menor
contribuição para o cálculo, 0,2%.
De acordo com o IBGE, no Norte do país, o
aumento refletiu a valorização dos preços internacionais do minério de ferro
exportado pelo Pará, que puxou o crescimento da economia da região, além do
aquecimento da indústria no Amazonas e da agropecuária em Rondônia.
Na Região Nordeste, o Maranhão, com o menor
PIB per capita do país (R$ 6.888,60), consolidou-se como maior produtor de soja
do Brasil, influenciando o resultado da região. Também teve impacto no aumento
da participação do Nordeste no PIB o avanço do setor de serviços no Ceará,
principalmente o comércio.
A contribuição do Centro-Oeste no PIB está
relacionada ao agronegócio e aos altos salários em Brasília. O Distrito
Federal contribuiu com renda mais alta por pessoa no país, R$ 58.489,46.
Ao divulgar os dados, o IBGE informou que
os indicadores do PIB regional serão atualizados em breve com base na revisão
do Sistema de Contas Nacionais, que está em curso.”
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