“Nesta madrugada, agentes da Polícia
Federal cumpriram busca e apreensão na casa de Marco Polo del Nero, que é
presidente da Federação Paulista de Futebol e era cotado para assumir a
presidência da CBF na Copa de 2014; diversos documentos foram apreendidos e ele
está, neste momento, prestando depoimento; deve continuar detido; clima é de
guerra na instituição; Del Nero já havia sido investigado por Protógenes
Queiroz, que depois se tornou consultor da CBF e hoje, como deputado federal,
tenta criar a "CPI da PF"
A Polícia Federal acaba de deflagrar mais
uma operação bombástica. Nesta madrugada, foi preso, em sua residência, em São Paulo, o presidente
da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero, que é um dos cartolas
mais influentes do País e vinha sendo cotado para assumir o comando da CBF em
2014, ano da Copa do Mundo. Vice da CBF, ele era o homem natural na sucessão de
José Maria Marín.
Os policiais cumpriram mandado de busca e
apreensão em sua casa nesta manhã e recolheram computadores e documentos, antes
de levá-lo à superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde ele
presta depoimento nesta manhã. Não se sabe se ele será liberado ou se
continuará preso. Ao que tudo indica, continuará detido.
Del Nero é ligadíssimo ao ex-presidente da
CBF, Ricardo Teixeira. No passado, tanto ele como Teixeira foram acossados pelo
então delegado Protógenes Queiroz, que investigava a chamada Máfia do Apito.
Depois disso, Protógenes se tornou consultor da CBF, na Suíça, e o caso foi esquecido.
Ao que tudo indica, a operação foi
conduzida pela ala da PF que é rival de Protógenes. Hoje, o superintendente é
Roberto Troncon, que ajudou a afastá-lo, na época da Satiagraha. Protógenes,
que é deputado federal (PC do B/SP) vinha recolhendo assinaturas para criar a
"CPI da Polícia Federal". Clima na instituição é de guerra.
Na sexta-feira passada, a PF deflagrou a
Operação Porto Seguro, que desarticulou uma quadrilha especializada na venda de
pareceres jurídicos de órgãos estatais. Nela, até a ex-secretária de Lula,
Rosemary Nóvoa de Noronha, foi atingida.
O delegado Roberto Troncon foi também o
responsável por esta operação e é um dos principais defensores da autonomia da
Polícia Federal em relação ao próprio Ministério da Justiça, transformando a PF
numa instituição de Estado e não de governo.”
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