“Resposta rápida, nenhum pingo de indecisão
e sem passar a mão na cabeça de ninguém. Foi assim com os ministros
"faxinados" e está sendo do mesmo jeito com a ex-secretária de Lula.
Não é por acaso que ela desponta na primeira pesquisa Ibope para a sucessão de
2014 com ampla vantagem sobre seus adversários
É
possível, e até provável, que alguns veículos de comunicação tentem esticar ao
máximo o "Rosegate", mas a crise que envolve Rosemary Nódoa de
Noronha, a ex-chefe de gabinete da presidência da República, em São Paulo, tem tudo para
ter fôlego curto. Curtíssimo.
Em
menos de 24 horas, assim que teve todas as informações sobre a Operação Porto
Seguro, da Polícia Federal, Dilma decidiu exonerar a funcionária, assim como
outros servidores públicos que também serão alvo de processos
administrativos.
Deixou
claro, portanto, que o governo nada teme - e que também não passa a mão na
cabeça de ninguém. No caso de Rosemary, seu padrinho era ninguém menos que o
ex-presidente Lula da Silva, que foi avisado por Dilma, sobre o caso, quando já
não havia mais nada a fazer. O teor das gravações e a forma como Rose tentou
resistir, ligando para o ex-ministro José Dirceu (que também disse nada poder
fazer), tornaram impossível sua permanência na presidência da República.
De
todas as demissões efetuadas por Dilma, esta foi a mais ágil, consolidando um
padrão do Palácio do Planalto na gestão de crises. Algo que já havia sido
iniciado no primeiro ano de governo. Antonio Palocci era o
"superministro" e também um dos mais próximos a Lula, em 2013. Caiu
quando surgiram sinais de enriquecimento pessoal. Wagner Rossi, ex-Agricultura,
era da cota pessoal do vice-presidente Michel Temer. Também não resistiu à
avalanche de denúncias. Pedro Novais, ex-Turismo, fora indicação de José
Sarney, outro aliado importante, que preside o Senado. E assim aconteceu com
outros ministros de peso, como Alfredo Nascimento, ex-Transportes, e Orlando
Silva, ex-Esportes.
Demonstrando
firmeza diante das crises, Dilma se consolida cada vez mais como o nome do PT,
em 2014. Ela mantém o eleitorado petista e avança em redutos da oposição e da
classe média. Pesquisa Ibope, divulgada ontem pelo 247, aponta que ela aparece
à frente do ex-presidente Lula na pesquisa espontânea, vencendo em primeiro
turno. E é também um erro imaginar que a demissão de Rosemary possa abrir uma
fissura nas relações dela com Lula. Os dois fazem parte do mesmo projeto.
A
mensagem é clara: se houver outras Rosemarys no governo, trocando favores por
cruzeiros, operações plásticas ou qualquer outra coisa, que se cuidem!”
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