“Durante encontro com o primeiro-ministro
Mariano Rajoy, pela manhã, e no seminário "Brasil na trilha do
crescimento", à tarde, a presidente apresenta concessões gigantescas
carentes de capital e tecnologia estrangeiros; é o caso do trem-bala, que
ligará São Paulo ao Rio de Janeiro; em Cádiz, ela prometeu um "ambiente
econômico favorável" aos interessados
Atrair investidores espanhóis para projetos bilionários no Brasil é um dos objetivos da presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira 19, durante sua visita a Madri. Na capital, ela se reúne com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, na parte da manhã, e abre à tarde o seminário "Brasil na trilha do crescimento", organizado pelo jornal brasileiro Valor Econômico, em parceria com o espanhol El País.
Nas reuniões e encontros com empresários, serão destacados os detalhes e o potencial de grandes projetos a serem realizados no País: há R$ 91 bilhões em concessões para ferrovias e R$ 42 bilhões para a reforma de rodovias, inclusive o mais recente projeto que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, o trem-bala, que em discussão desde 2007, deve finalmente ser colocado em prática.
Apesar de cinco países terem interesse na realização do trem-bala, a Espanha tem potencial para se destacar. De acordo com Bernardo Figueiredo, presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística) e principal palestrante do seminário, o país foi o que mais construiu trens de alta velocidade nos últimos anos. Deste lado, o Brasil é carente de investimento financeiro e tecnologia estrangeira.
Ambiente favorável
A fim de conquistar o capital estrangeiro, o Brasil pretende oferecer benefícios aos potenciais investidores. Haverá financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com juros mais baixos, carência de cinco anos e 25 anos de prazo para pagar, para os projetos ferroviários, e carência de três anos e prazo de 20 anos para conclusão da dívida no caso das rodovias.
Na cúpula Ibero-americana, realizada na cidade de Cádiz na sexta-feira e no sábado, Dilma já havia anunciado projetos nacionais em diversos setores – incluindo o de petróleo e gás e o de comunicações – e afirmou que, para isso, contava com colaboração estrangeira. A presidente prometeu, na reunião, um "ambiente econômico favorável às empresas parceiras de todos os pontos do mundo", em especial Espanha e Portugal.
Os próximos meses serão decisivos e devem chamar bastante a atenção de empresários estrangeiros. O governo brasileiro deve anunciar o edital da primeira fase do trem-bala no próximo dia 26. Ainda em novembro, será divulgado o edital do programa de concessão de portos, mais um projeto bilionário. Em dezembro, sairá o primeiro lote das rodovias e, em março, o segundo das rodovias e o primeiro das ferrovias. A segunda fase das ferrovias sai dois meses depois, em maio.
Brasil é oportunidade para crescimento da Europa
Em coletiva concedida à imprensa ao lado do premiê Mariano Rajoy, em Madri, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil poderá contribuir para que haja crescimento em países europeus atingidos pela crise econômica internacional. Dilma reafirmou ser "fundamental" o crescimento dos países do bloco para superar as turbulências, criticando o excesso de austeridade.”
Atrair investidores espanhóis para projetos bilionários no Brasil é um dos objetivos da presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira 19, durante sua visita a Madri. Na capital, ela se reúne com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, na parte da manhã, e abre à tarde o seminário "Brasil na trilha do crescimento", organizado pelo jornal brasileiro Valor Econômico, em parceria com o espanhol El País.
Nas reuniões e encontros com empresários, serão destacados os detalhes e o potencial de grandes projetos a serem realizados no País: há R$ 91 bilhões em concessões para ferrovias e R$ 42 bilhões para a reforma de rodovias, inclusive o mais recente projeto que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, o trem-bala, que em discussão desde 2007, deve finalmente ser colocado em prática.
Apesar de cinco países terem interesse na realização do trem-bala, a Espanha tem potencial para se destacar. De acordo com Bernardo Figueiredo, presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística) e principal palestrante do seminário, o país foi o que mais construiu trens de alta velocidade nos últimos anos. Deste lado, o Brasil é carente de investimento financeiro e tecnologia estrangeira.
Ambiente favorável
A fim de conquistar o capital estrangeiro, o Brasil pretende oferecer benefícios aos potenciais investidores. Haverá financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com juros mais baixos, carência de cinco anos e 25 anos de prazo para pagar, para os projetos ferroviários, e carência de três anos e prazo de 20 anos para conclusão da dívida no caso das rodovias.
Na cúpula Ibero-americana, realizada na cidade de Cádiz na sexta-feira e no sábado, Dilma já havia anunciado projetos nacionais em diversos setores – incluindo o de petróleo e gás e o de comunicações – e afirmou que, para isso, contava com colaboração estrangeira. A presidente prometeu, na reunião, um "ambiente econômico favorável às empresas parceiras de todos os pontos do mundo", em especial Espanha e Portugal.
Os próximos meses serão decisivos e devem chamar bastante a atenção de empresários estrangeiros. O governo brasileiro deve anunciar o edital da primeira fase do trem-bala no próximo dia 26. Ainda em novembro, será divulgado o edital do programa de concessão de portos, mais um projeto bilionário. Em dezembro, sairá o primeiro lote das rodovias e, em março, o segundo das rodovias e o primeiro das ferrovias. A segunda fase das ferrovias sai dois meses depois, em maio.
Brasil é oportunidade para crescimento da Europa
Em coletiva concedida à imprensa ao lado do premiê Mariano Rajoy, em Madri, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil poderá contribuir para que haja crescimento em países europeus atingidos pela crise econômica internacional. Dilma reafirmou ser "fundamental" o crescimento dos países do bloco para superar as turbulências, criticando o excesso de austeridade.”
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