Brasil vai abrir fronteiras para os espanhóis

Enquanto o governo brasileiro se organiza para atrair profissionais qualificados para o País, a presidente Dilma Rousseff visita uma Espanha arrasada pela crise econômica, onde mais da metade dos jovens com menos de 25 anos está desempregado. Que tal unir o útil ao agradável, premiê Mariano Rajoy?


O governo federal pretende facilitar o acesso de trabalhadores estrangeiros qualificados ao Brasil. Como o ministro da Fzenda, Guido Mantega, vem comentando, o governo está de olho em profissionais de setores estratégicos, como engenheiros e técnicos de inovação tecnológica. E, para tanto, deve desburocratizar sua entrada e estímular uma permanência prolongada no País. É a boa notícia que a presidente Dilma Rousseff carrega em sua viagem a uma Espanha arrasada pela crise financeira.

A presidente vai participar da 22ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e Governo, em Cádiz, no Sul do país, mas segue em seguida para Madri, onde deve permanecer até o dia 19. As discussões com o rei Juan Carlos e o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, devem tratar situação dos brasileiros na Espanha, que costumam enfrentavar dificuldades para entrar no país. Mas, na atual situação, são os espanhois que precisam de ajuda.

Para ter uma ideia do drama, a Espanha, que enfrenta taxa de desemprego de 25%, aprovou nesta quinta-feira um decreto para ajudar as famílias mais necessitadas a enfrentar o despejo, cada vez mais frequente devido às recentes demissões. Os despejos serão suspensos por dois anos para proprietários cujas famílias incluam crianças pequenas, pessoas incapacitadas e desempregados há muito tempo.

Com um em cada dois jovens espanhois desempregados, é por aí que o Brasil do 'pleno emprego' deve consolidar em realidade o tema da redação do Exame Nacional do Ensino (Enem) deste ano: “O movimento imigratório para o Brasil no século XXI”. São 5,27 milhões os desempregados na Espanha e, entre os jovens com menos de 25 anos, 51,4% não têm trabalho. No Brasil, tem.”

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