Altamiro Borges, Blog do Miro
“Em sua midiática posse ontem como
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) – a Globo News transmitiu toda a
cerimônia e o JN deu um baita destaque –, o ministro Joaquim Barbosa afirmou
que há “um grande déficit de Justiça” no Brasil e que ele aspira um Judiciário
“sem firulas, floreios e rapapés” e sem “tratamento privilegiado”. Seu discurso
foi curto, de quinze minutos, e ele tentou aparentar mais calma, nada
comparável à badalada figura do “Batman”. A questão é: ele cumprirá as suas
promessas da posse?
Como relator do processo
do chamado “mensalão do PT”, Barbosa ficou famoso pela agressividade e
contundência. Será que terá o mesmo comportamento em outros julgamentos? Ainda
antes da posse na presidência do STF, ele deu prazo de 40 dias para que as
testemunhas de outro processo, o do “mensalão do PSDB” – que a mídia insiste em
chamar de “mensalão mineiro” – sejam ouvidas. Este esquema, anterior ao
petista, financiou a derrotada campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo ao
governo mineiro, em 1998.
Na ocasião, o próprio tucano confessou que
parte do dinheiro arrecadado serviu também para a campanha do ex-presidente
FHC. Hoje ele afirma que não sabia que os recursos não tinham sido
contabilizados, que eram provenientes do caixa-2. Ele argumenta que não há
provas sobre o seu envolvimento. A ausência de provas, porém, não serviu para
inocentar os réus no processo do “mensalão petistas”. Será que a mesma
“jurisprudência” servirá para os tucanos. Barbosa será tão implacável na
presidência do STF. A conferir!”
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