Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação
“As eleições
que estão em curso entre nós permitem diversas análises e, para usar a palavra
da moda, fornecem indícios bastante significativos. O primeiro deles parte das
expectativas dos direitistas de plantão de que o julgamento do “mensalão"
– estrategicamente colocado, com requintes cirúrgicos, no meio do processo
eleitoral – levaria à derrocada das forças políticas de esquerda,
convenientemente confundidas com a corrupção. Afinal, há robustos indícios de
que os elitistas de sempre, com uma mãozinha do STF, tenham imaginado pôr fim a
tantos projetos de inclusão social, com tanta gente saindo da pobreza, tantas
pessoas comendo e estudando mais e (pasmem !) até poluindo os aeroportos do
país...
Mas as urnas acabaram
fornecendo outros indícios. Um deles: o de que o povo brasileiro parece estar
aprendendo a ler nas entrelinhas e não aceita as falsas generalizações que
buscam fabricar uma verdade conveniente. Com toda a propaganda antigovernista
que o “mensalão” permitiu – em fragrante agressão ao rigor que usualmente cerca
o período eleitoral – amplificada por uma mídia comprometida que controla a
comunicação no país, o resultado das eleições mostra que os programas das
esquerdas, uma vez mais, obtiveram a aprovação popular. O partido com maior
número de votos foi o da Presidenta Dilma e o do ex-Presidente Lula, os
partidos que mais perderam foram, até aqui, as agremiações neoliberais de
direita, sendo que o DEM, em breve, ao tudo indica – vai despedir-se do cenário
político, sem pompas e circunstâncias...
Todo o processo eleitoral deixou, assim,
claros indícios de manipulação por parte dos órgãos de comunicação (esses, que
vivem às custas de concessões governamentais e gordíssimas verbas de propaganda
oficial que, um dia, esperamos, venham a ser extintas ou destinadas aos
interesses do povo). A pauta da mídia hegemônica, capitaneada por segmentos da
elite e alicerçada em comprometidos analistas políticos, esmerou-se em
estabelecer a ideia de que , nas eleições, se estaria julgando Lula e, por
tabela, o governo Dilma. Agora, como os resultados não foram os esperados,
levantam a tese de que eleições municipais não se vinculam ao cenário federal,
constituindo apenas uma radiografia de situações regionais específicas. É
engraçado verificar as contradições malandras nessa teses todas, porque é
nítida a atual intenção de glorificar nacionalmente o tucano Aécio e o político
pernambucano Eduardo Campos, até apelidado de “noiva da vez” por essa imprensa
traiçoeira.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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