Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania
“Por entender que a aliança entre o PSDB e
a grande mídia é danosa ao país, talvez não devesse escrever este texto. Afinal,
aqui será explicado por que essa aliança vem colhendo fracassos eleitorais cada
vez mais retumbantes e essa explicação poderia salvar esse grupo político do
haraquiri continuado que pratica cotidianamente.
Todavia, conto com a proverbial arrogância
dessa gente para impedi-la de sequer refletir sobre o que direi. Afinal, foi só
dizer que José Serra não deveria usar o “kit-gay” que ele mergulhou de cabeça
em uma das “estratégias” políticas mais desastradas de que se tem notícia, a
qual só perde para a bolinha de papel de 2010.
Vamos ao trabalho, pois. Ao fim da tarde de
domingo, certo sadismo me fez sintonizar a televisão na Globo News e/ou na
Band, de forma a assistir as coberturas que as emissoras faziam da reta final
da eleição em São
Paulo. Dirão, assim, que não sou sádico, mas masoquista.
Enganam-se. Cometi esse ato para ver as
caras dos pistoleiros do PIG diante do fato de que Fernando Haddad dera uma
sova eleitoral em José
Serra. E não me decepcionei. Estavam mais do que abatidos,
estavam desorientados. Sobretudo na Globo News. Literalmente não sabiam o que
dizer, por mais que tentassem afetar naturalidade.
A cena de desorientação e abatimento
daqueles jornalistas era tão ridícula que comecei a pôr mensagens no Facebook e
no Twitter convocando pessoas a assistirem àquele espetáculo patético. Não
tardou e as redes se incendiaram e posts sobre a Globo News começaram a
aparecer na blogosfera.
Sobretudo porque a emissora levou para a
bancada que pretendia analisar os resultados das eleições o indefectível Merval
Pereira, Renata Lo Prete (Folha de São Paulo), Cristiana Lobo e Gerson
Camarotti (Globo News).
Lobo era a mais desorientada, ainda que não
fosse a única. Chegou a dizer que Lula conseguiu eleger Haddad “por sorte”. Mas
o ponto alto foi quando todos eles concordaram que o mensalão tinha, sim,
afetado a imagem do PT. Eis que um deles – não me lembro qual –, em um lampejo
de lucidez, lembra que “não afetou eleitoralmente, mas afetou”.
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