Thiago Foresti, CartaCapital
“Se eu tivesse apenas um único dólar,
investiria em propaganda”. Quando Henry Ford disse essa célebre frase na década
de 1920, no auge do sucesso do seu modelo de produção, ele talvez não soubesse,
mas estava inaugurando uma nova era na comunicação coorporativa. Hoje, quase um
século depois, a propaganda tem orçamento garantido e obrigatório em qualquer
organização e só em 2010 movimentou 12,9 bilhões de dólares na economia
brasileira.
Os gráficos das agências de publicidade
costumam exibir duas curvas de crescimento: investimento em propaganda e
aumento do consumo. Mas esquecem de uma terceira curva que também vem a
reboque: o aumento da produção de lixo.
São Paulo, cidade que há três anos tem crescimento
de investimento publicitário acima de 10%, produz hoje 17 mil toneladas de lixo
por dia. Pouco mais de 1% disso é reciclado. Diante desses números, duas
iniciativas surgiram para agregar valor a uma atividade antiga, geradora de
cifras bem mais modestas do que as publicitárias, mas que é responsável por 90%
de toda reciclagem da cidade de São Paulo.
Em São Bernardo do Campo
(SP), um grupo de empreendedores está transformando os carrinhos de catadores
de materiais recicláveis em spots publicitários. A ideia é simples: colocar
anúncios e aproveitar a visibilidade natural que esses trabalhadores têm no
trânsito. “Os anunciantes terão sua marca institucional exposta pela cidade e
vinculada a um programa socioambiental”, diz Elaine Santos, idealizadora do
projeto ECO.”
Foto: Flickr /Blog do
Milton Jung (Creative Commons)
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