“As massas de jovens e velhos precarizados
do Occupy são o atestado de derrota da geração pós-neo-conservadora,
pró-establishment e anti-tudo”
, Congresso em Foco
Chamou especialmente minha atenção um trecho do artigo do crítico Vladimir Safatle, da USP, onde, a propósito, ele fala do tempo e da questão geracional, com o título “A geração que quebrou o mundo”. Diz ele: “Hoje, nem acredito, estou chegando aos quarenta anos. Lembro que na idade de vocês, dezoito, dezenove, vinte anos, costumava ouvir que não havia mais luta política a ser feita, que o mundo estava globalizado e o que valia era a eficácia, a capacidade de assumir riscos, de ser criativo, inovador, de preferência em alguma agência de publicidade ou departamento de marketing”.
Segundo Vladimir, se assumissem essa “nova realidade”, as pessoas entrariam num futuro radiante onde só haveriam vencedores e raves, onde os que ficassem para trás teriam um problema moral, pelo fato de não assumir riscos e a necessidade de inovação, etc. Então, penso ironicamente, de fato, realizar o “socialismo para os ricos”, salvando bancos, etc., realmente SERIA um tarefa e tanto!
As pessoas que acreditaram em tal discurso
há vinte anos – e que hoje estão em torno dos quarenta – foram trabalhar no
sistema financeiro e conseguiram criar uma crise maior que a de 1929, da qual
ninguém sabe sair. Ou seja, admite Safatle, eles simplesmente conseguiram quebrar
o mundo! Para essa geração, não era possível que o futuro fosse diferente do
presente. Ela não acreditava, em nenhuma hipótese, na capacidade de
transformação da participação popular, considerando isso chavão ideológico
ridículo.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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