Marcos Coimbra, CartaCapital
O que, do presente, entrará para a história? De tudo que achamos importante hoje, o que, no futuro, permanecerá significativo? Ninguém sabe.
Mas há um consolo: é fácil perceber o que se provará irrelevante. Em tudo – na vida social, nas artes, na ciência, na tecnologia – não é complicado enxergar o desimportante.
Também na política. E se há um candidato ao troféu de maior não evento deste período de nossa vida política, seu nome é “o julgamento do mensalão”. Quem lê a dita grande mídia brasileira tem a impressão oposta. Fica com a sensação de que se trata de uma coisa fundamental. Que é a mais transcendental de todas as que temos em nossa agenda.
Isso só se acentuou depois que a CPI do Cachoeira se tornou inevitável. A partir daí, os principais veículos de nossa indústria de comunicação, seus editorialistas, colunistas e comentaristas, decretaram que o “julgamento do mensalão” seria a prioridade.
Exigem que seja logo, que conclua pela
culpa dos -acusados e reclamam punições exemplares. Têm consciência de que,
juridicamente, o caso é frágil, mas não se importam: afirmam que a “opinião
pública” clama por uma “resposta firme”. E que o STF tem a obrigação de
atendê-la. E que o ministro que titubear na condenação é fraco – para dizer o
mínimo.”
Artigo Completo, ::Aqui::
Comentários