Saul Leblon, Carta Maior / Blog das Frases
"Na edição desta semana a revista VEJA
atreve-se a insultar seus próprios leitores com a pergunta cínica estampada
numa chamada de capa: “Como Demóstenes enganou tantos por tanto tempo”.
Bastaria folhear o longo histórico de suas perorações contra a esquerda, o
Estado, a democracia participativa, a cidadania engajada, o pensamento crítico,
bem como a demonização de lideranças, idéias e projetos progressistas para
obter a resposta à pergunta em suas próprias páginas.
A sedimentação golpista de uma parte da opinião pública de classe média não se dá ao acaso. Não se trata aqui da plutocracia ciosa de seus domínios, da qual Civita & policarpos são servidores bem pagos. E eficientes, diga-se, peritos na arte de popularizar janios, collors, demóstenes e outros vulgarizadores dos interesses graúdos.
Não; o florescimento dessas gargantas de aluguel não prosperaria na forma de votos e medo pânico que inspiram em muitos governantes - inclusive da esquerda - não fosse o trabalho prestimoso dos que esculpem o seu busto em bronze de credibilidade conservadora . É toda uma rede voltada para a citação cotidiana de suas palavras e o manchetear espetaculoso de suas 'denúncias', ademais da propagação de 'reflexões de cocheira', copiosamente repetidas pelos colunismo que forma julgamentos e dissemina pautas.
Há responsáveis na lubrificação cotidiana da engrenagem. É um equívoco dissolver a sua assinatura na suposta predisposição da sociedade ou de parte dela para ser canalha ou 'egoísta'. Ainda que isso seja um fato, o que plasma esse apetite em nervos e musculatura política é a ação deliberada e organizada para esse fim. Incensar os demóstenes e satanizar os lulas e respectivas agendas é o fermento que transforma instintos em história.”
A sedimentação golpista de uma parte da opinião pública de classe média não se dá ao acaso. Não se trata aqui da plutocracia ciosa de seus domínios, da qual Civita & policarpos são servidores bem pagos. E eficientes, diga-se, peritos na arte de popularizar janios, collors, demóstenes e outros vulgarizadores dos interesses graúdos.
Não; o florescimento dessas gargantas de aluguel não prosperaria na forma de votos e medo pânico que inspiram em muitos governantes - inclusive da esquerda - não fosse o trabalho prestimoso dos que esculpem o seu busto em bronze de credibilidade conservadora . É toda uma rede voltada para a citação cotidiana de suas palavras e o manchetear espetaculoso de suas 'denúncias', ademais da propagação de 'reflexões de cocheira', copiosamente repetidas pelos colunismo que forma julgamentos e dissemina pautas.
Há responsáveis na lubrificação cotidiana da engrenagem. É um equívoco dissolver a sua assinatura na suposta predisposição da sociedade ou de parte dela para ser canalha ou 'egoísta'. Ainda que isso seja um fato, o que plasma esse apetite em nervos e musculatura política é a ação deliberada e organizada para esse fim. Incensar os demóstenes e satanizar os lulas e respectivas agendas é o fermento que transforma instintos em história.”
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