A morte política do Demo


Nem é preciso muita imaginação nem pesquisa pra se fazer um filme que replique fielmente a política brasileira”

Márcia Denser, Congresso em Foco

Senador Demóstenes Torres (GO), ex-DEM desde terça passada (o que, para nós, absolutamente não “encerra” a crise do DEM, ao contrário, “aprofunda”), como relator do Ficha Limpa, não lembra aquela cena final do Tropa de Elite 2, quando o ex-Secretário de Segurança corrupto, ladrão & assassino vira senador, passando a presidir uma suposta “Comissão de Ética”?

E o filme de José Padilha fecha com as imagens do Palácio de Planalto, indicando que a corrupção política tem sua origem no Congresso Nacional, até porque, no Brasil, o buraco é mais em acima. O que, infelizmente, chega a ser tedioso: nem é preciso muita imaginação nem pesquisa pra se fazer um filme que replique fielmente a política brasileira.

Cruzes, jamais imaginei que eu o citaria, mas deu no blog do Josias de Souza no último dia 3: “Feitiço contra o feiticeiro: relator da Ficha Limpa, Demóstenes pode tornar-se inelegível até 2027”. E apresenta um vídeo da propaganda eleitoral de 2010, onde o candidato a reeleição comenta orgulhosamente ter relatado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado a Lei da Ficha Limpa, enfatizando uma “biografia higienizada” como diferencial dos demais candidatos.

Mas o feitiço virou contra o feiticeiro, pois Demóstenes agora está sujeito aos rigores da Lei Complementar 135 – nome de batismo da Lei da Ficha Limpa – a qual prevê que políticos cujos mandatos forem cassados ficam inelegíveis. Josias ainda especifica:

“Na letra ‘k’ do artigo 1o, anota que a inelegibilidade alcança inclusive aqueles que renunciarem aos respectivos mandatos para fugir da cassação.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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