José Antonio Lima, CartaCapital
O início do programa foi auspicioso. Assange
começou questionando Nasrallah sobre o que seu grupo consideraria uma vitória
contra Israel. Ouviu como resposta a posição radical do grupo libanês, que
deseja acabar com a existência do Estado judeu. Para Nasrallah, a existência de
Israel “é ilegal”, a “Palestina pertence aos palestinos” e a única solução
viável é o estabelecimento de um Estado único, no qual muçulmanos, judeus
e cristãos convivam juntos. Depois, Assange fez perguntas capazes de incomodar
Nasrallah. A primeira, sobre o que Nasrallah chamou, segundo documentos vazados
pelo WikiLeaks, de “comportamento corrupto” de membros do grupo, que estariam
andando com carros do tipo SUV, usando roupas de seda e comendo em restaurantes
caros. Nasrallah negou ter feito este comentário, mas afirmou que tais
comportamentos eram fruto da entrada de membros mais ricos no grupo. Depois, no
ponto alto da entrevista, Assange perguntou a Nasrallah por que o Hezbollah
apoiou os movimentos da chamada Primavera Árabe em países como a Tunísia e o
Egito, mas não na Síria. Nasrallah respondeu de forma pragmática. Disse que o
regime sírio de Bashar al-Assad “sempre apoiou a resistência a Israel e aos
Estados Unidos” e que o Hezbollah pediu e pede a Assad que reformas
democráticas sejam realizadas na Síria.”
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