Ideologia ou a força do governo: a base aliada de Dilma no Congresso sob teste

Tensão pré-eleições se soma a insatisfações com emendas parlamentares e de bancadas ruralista e evangélica para provocar problemas ao Planalto

João Peres, Rede Brasil Atual

As semanas vindouras tratarão de oferecer um teste à base aliada ao governo no Congresso, frequentemente disposta a colocar sob avaliação os limites de Dilma Rousseff. Nos últimos dias, fatores de honra para bancadas com atuação ligada a segmentos econômicos e religiosos entraram em pauta, e rapidamente se mesclaram a insatisfações nas relações com o Planalto.

Em breve, ficará mais claro qual vetor tem mais peso na decisão de deputados de siglas aliadas de obstruir a pauta da Câmara e de impor derrotas ao governo em comissões. Ideologia ou conexões partidárias? “O parlamentar, entre a fidelidade ao governo e a um segmento econômico, não se sobrepõe à fidelidade partidária”, resume Antonio Augusto de Queiroz, analista politico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Recentemente, Lei Geral da Copa e Código Florestal foram assuntos que se cruzaram pelos caminhos do plenário e mobilizaram duas das mais poderosas bancadas suprapartidárias. Os representantes do agronegócio, 140 deputados em um total de 513, não aceitam votar o projeto relativo ao Mundial de 2014 enquanto não for agendada uma data para a apreciação da proposta que anistia o desmatamento e mexe com as regras de proteção ao ambiente.

Já a legislação relativa à Copa, tema que seria menor e de fácil aprovação, ganhou contornos problemáticos quando a bancada evangélica, de 63 integrantes, irritou-se com a regra que permite a venda de bebida alcoólica em estádios durante o torneio. “Vamos tentar, na próxima semana, equilibrar um pouco essa situação, que pode ocasionar, inclusive, a postergação das discussões”, minimizou, na quinta-feira (22), o presidente da Câmara, Marco Maia.”
Artigo Completo, ::Aqui::

Comentários