Documentos da Delta tiram sono de Perillo e Demóstenes


Material colhido durante a Operação Monte Carlo na sede de construtora de Fernando Cavendish (centro), onde Carlinhos Cachoeira dava expediente, ainda pode comprometer tanto o governador de Goiás quanto o senador do DEM

Brasil 247

Carlinhos Cachoeira fazia da sede da Delta Construções, de Fernando Cavendish, em Goiânia, seu escritório. Seu lugar-tenente, Wladmir Garcez, também despachava de lá. O diretor regional da Delta, Cláudio Abreu, era sócio de Cachoeira em diversos negócios, pegava dinheiro graúdo do esquema (remessas R$ 400 mil) e negociava apoios com o “abre-portas” dele. Tudo isto já foi revelado pela Polícia Federal.

O que não se sabe ainda é o teor dos registros eletrônicos e documentos que a PF colheu na sede da empresa. Foram computadores portáteis, papéis, pendrives e outras coisas que interessaram aos investigadores.

O problema é que a Delta tem negócios milionários não somente com prefeituras geridas pelo PT e pelo PMDB. No governo do Estado, capitaneado pelo tucano Marconi Perillo, a Delta tem um caminhão de contratos. Nas prefeituras, a Delta tem locação de caminhões, obras de engenharia e coleta de lixo. Já no Estado, o volume de negócios é muito maior. Somente na Agência Goiana de Obras (Agetop), estatal que administra as obras físicas, a Delta tem muitos quilômetros de obras para tocar. Mas o principal é a locação de carros para a segurança pública – três mil veículos para as polícias civil e militar e também para o Corpo de Bombeiros.”
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