Dilma diz que países desenvolvidos criam tsunami monetário ao despejar recursos no mercado internacional
Yara Aquino, Agência Brasil
“Nos preocupamos, sim, com esse tsunami monetário em que os países desenvolvidos que não usam políticas ficais da ampliação da capacidade de investimento para retomar e sair da crise estão metidos e que, literalmente, despejam US$ 4,7 trilhões no mundo ao ampliar [os problemas], de forma muito adversa, perversa para o resto dos países, principalmente os em crescimento, que são os emergentes”, disse.
A presidenta falou também em “canibalização” dos países emergentes, provocada pelas medidas dos países desenvolvidos para sair da crise e em uma “política monetária inconsequente do ponto de vista do que ela produz sobre os mercados monetários”.
Em cerimônia de assinatura de um compromisso para propiciar melhores condições de trabalho a trabalhadores da construção civil, elaborado por centrais sindicais, governo e setores do empresariado, a presidenta falou sobre as condições adversas de concorrência enfrentadas pela indústria brasileira e a guerra cambial. “Hoje, as condições de concorrência são adversas não porque a indústria brasileira não seja produtiva, não porque o trabalhador brasileiro não seja produtivo, mas porque tem uma guerra cambial baseada em uma política monetária expansionista que cria condições desiguais de produção”, disse.
O Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção, assinado hoje, é um conjunto de diretrizes para melhorar as condições de trabalho nos canteiros de obras do país, estabelecendo condições específicas em áreas como saúde, segurança, qualificação profissional, recrutamento e representação sindical no local de trabalho.
Dilma disse ainda que, em 2012, o governo pretende que a taxa de investimento do Brasil ultrapasse, pela primeira vez na década, os 20% do Produto Interno Bruto (PIB).”
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