“Até hoje eram conhecidos 25 casos de
guerrilheiros mortos; relato do oficial confirma e dá detalhes da perseguição
Leonencio Nossa, XAMBIOÁ (TO) - O Estadao
de S.Paulo / Estadão.com.br
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major
Curió, o oficial vivo mais conhecido do regime militar (1964-1985), abriu ao
Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Os
documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e
confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na
Amazônia. Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o
conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não
ofereciam risco às tropas.
Uma série de documentos, muitos manuscritos do próprio punho de Curió, feitos durante e depois da guerrilha, contraria a versão militar de que os mortos estavam de armas na mão na hora em que tombaram. Muitos se entregaram nas casas de moradores da região ou foram rendidos em situações em que não ocorreram disparos.
Os papéis esclarecem passo a passo a terceira e decisiva campanha militar contra os comunistas do PC do B - a Operação Marajoara, vencida pelas Forças Armadas, de outubro de 1973 a janeiro de 1975. O arquivo deixa claro que as bases de Bacaba, Marabá e Xambioá, no sul do Pará e norte do Estado do Tocantins, foram o centro da repressão militar.
DESCRIÇÕES
O guerrilheiro paulista Antônio Guilherme
Ribas, o Zé Ferreira, teve um final trágico, descrito assim no arquivo de
Curió: "Morto em 12/1973. Sua cabeça foi levada para Xambioá". O
piauiense Antonio de Pádua Costa morreu diante de um pelotão de fuzilamento em
5 de março de 1974, às margens da antiga PA-70. O gaúcho Silon da Cunha Brum, o
Cumprido, entrou nessa lista. "Capturado" em janeiro de 1974, morreu em seguida. Daniel Ribeiro
Calado, o Doca, é outro da lista: "Em jul/74 furtou uma canoa próximo ao
Caianos e atravessou o Rio Araguaia, sendo capturado no Estado de Goiás".
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Comentários
São coisas incomparáveis, querido.
Não faça rir com coisas sérias.
Léo - RJ
Culpa dos ditadores que não trabalharam direito.
Na época da 'chamada' ditadura...
Podíamos acelerar nossos Mavericks pelas auto-estradas acima dos 120km/h
sem nenhum risco e não éramos multados por radares maliciosamente escondidos, mas não podíamos falar mal do presidente..Podíamos comprar armas e munições à vontade, pois o governo sabia quem era cidadão de bem, quem era bandido e quem era terrorista, mas não podíamos falar mal do Presidente.Podíamos paquerar a funcionária, a menina das contas a pagar ou a recepcionista sem correr o risco de sermos processados por “assédio sexual”, mas não podíamos falar mal do Presidente.Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei! negão!), ou preferências sexuais (fala! sua bicha!) e não éramos processados por “discriminação” por isso, mas não podíamos falar mal do presidente. Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente. Podíamos ir a qualquer bar ou boate, em qualquer bairro da cidade, de carro, de ônibus, de bicicleta ou a pé, sem nenhum medo de sermos assaltados, sequestrados ou assassinados, mas não podíamos falar mal do presidente.
Hoje a única coisa que podemos fazer.... ...é falar mal do presidente! que m...!
Nossa, tadinho dele, gente, ele tá reclamando seus direitos de ser homofóbico, racista e machista. Tadinho dele, óóó.
Sei qualé a tua, espertão; esse teu discursinho fácil é pra conquistar os incautos. Mas o teu argumento de merda cai como um leve assopro num castelo de cartas.
"Não podia falar mal do presidente", não se podia falar da pobreza, não se podia reclamar do abuso de poder de soldados, não se podia votar diretamente!; não se podia reclamar do "milagre econômico" que terminou em pesadelo; não se podia reclamar da entrega do país ao capital estrangeiro.
Não, mas o covarde "anônimo" só quer o direito de dirigir seu Maverick acima dos 120 km/h enquanto grande parte da população mal tem o que comer... Parabéns, teu egoísmo te cega.
Os mesmos machismo, racismo e homofobia que você vangloria de ter podido exercer nos tempos da Ditadura são o que
ainda fazem mulheres - principalmente negras - receberem salários menores e homossexuais serem assassinados.
PARABÉNS, VOCÊ CONSEGUE SER DEFENSOR DO QUE HÁ DE MAIS SUJO E DEGRADANTE NO SER HUMANO.
O mundo deve ser pra todas e todos, querido, e não para poucos.
Léo - RJ
Vamos lá brincar do seu jogo: quer comparar também a resistência armada ao nazismo com o genocídio dos judeus pelos nazistas?
Quer, neném?
Em que mundo tu vive, "leitinho com pêra"? HAHAHA
Quantos inocentes - os que não tinham qualquer envolvimento com a luta armada - foram torturados e espancados por oficiais, delegados etc nos porões da Ditadura? Agora você quer comparar quando se assassinou esses mesmos sádicos, soltos por aí até hoje?
Ainda há tempo, leia um livro de História, anônimo covarde.
Ahhh, e antes que você venha com o argumento eu já te dou a resposta: não, nem todo historiador é comunista, socialista ou qualquer coisa do gênero que você vá dizer que não leria de modo algum.
E mesmo assim, você não vai encontrar qualquer defesa desse regime que marcou tristemente nosso país.
Léo - RJ