Serrista, blogueiro diz que oposição fica agora sem candidato à presidência em 2014, uma vez que Aécio não tem liderança


Brasil 247

“Reinaldo Azevedo é, inegavelmente, o mais serrista dos blogueiros e jornalistas brasileiros. Veste a camisa explicitamente. Para ele, no entanto, o anúncio da candidatura de José Serra à prefeitura de São Paulo veio com sabor de derrota. Significa o fim das pretensões presidenciais do tucano e também o fato de que, segundo Reinaldo, as oposições ficam sem candidato para enfrentar Dilma Rousseff ou Lula em 2014. Leia, abaixo, o artigo do blogueiro:

Serra candidato

José Serra decidiu apresentar seu nome como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Não havendo a desistência de todos os postulantes, deve disputar as prévias, e a tanto ele já se disse disposto se necessário. São dadas como certas as desistências de Andrea Matarazzo — em quem eu votaria com convicção se candidato fosse — e de Bruno Covas. O primeiro pertence ao mesmo grupo político de Serra no PSDB; Bruno, muito próximo do governador Geraldo Alckmin, abre certamente mão de sua postulação, atendendo ao comando de Alckmin, que se esforçou por essa solução. José Aníbal e Ricardo Trípoli não deram sinais de que podem seguir o mesmo caminho. Com ou sem prévias, não há no PSDB, agora, quem conte com a possibilidade de que o nome possa ser outro: é Serra. Acho isso bom ou ruim? Depende. Para a cidade, caso ele vença, é bom. Para o país… Vamos ver.

Não é, já disse, o que eu faria no lugar dele, mesmo reconhecendo que a solução pode ser muito boa para a cidade em caso de vitória. Por que digo isso? Não sou político. Não me meto, à diferença do que acusam os petralhas, com partidos. Escrevo como um cidadão brasileiro cuja profissão permite um posto de observação privilegiado. Serra segue sendo a cabeça mais lúcida da oposição brasileira e aquele que tem uma visão mais sólida do conjunto dos problemas — e das respostas possíveis — do Brasil. É evidente que a sua entrada na disputa pela Prefeitura torna mais distante a possibilidade de que venha a se candidatar de novo à Presidência. As circunstâncias de agora impõem que, se eleito, exerça os quatro anos de mandato. Ele deve saber disso. Também deve ter claro que os adversários insistirão na tecla de que pode não concluir o mandato para disputar a Presidência. Curiosamente, até aqueles que o combatem enxergam nele mais um presidenciável do que um “prefeiturável”.
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