Oportunismo na sacola

Com apelo ambientalista, acordo entre governo de SP e varejistas retira sacolinhas dos supermercados, atropela direitos do consumidor e não resolve a questão do lixo

Cida de Oliveira, Rede Brasil Atual

No hipermercado de uma grande rede, em Guarulhos (SP), muitos consumidores bem que tentam. Permanecem diante dos caixas até que recebam, sem custo adicional, sacolas plásticas para separar, embalar e carregar para casa os produtos que acabaram de comprar. O gerente é chamado. Há bate-boca. Mas não tem jeito. A saída é carregar as compras espalhadas no carrinho até o carro. Ou levar na mão mesmo. Cena semelhante é flagrada no bairro da Lapa, na capital paulista. Um homem entra num ônibus carregando um bolo de aniversário que acabara de comprar num supermercado próximo dali.

Episódios como esses têm sido comuns desde 25 de janeiro, quando entrou em vigor um acordo entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas), o governo do estado e as prefeituras da capital e de diversos outros municípios paulistas. A maioria desses estabelecimentos deixou de distribuir gratuitamente as sacolinhas – que na verdade já têm seu custo embutido no preço dos produtos.

Sem ter sido consultada oficialmente a respeito, a população se vê agora obrigada a tais situações, a menos que leve uma sacola de casa, um carrinho de feira, caixas ou esteja disposta a pagar pelas sacolas de plástico biodegradável que custam por volta de R$ 0,30 a unidade. Ou ainda as chamadas ecobags, bolsas reutilizáveis à venda em toda boca de caixa, com preços variados.”
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