"É uma senhora gestora e como política
está aprendendo muito rápido. O Brasil está bem servido com Dilma"
“Na
tribuna do Senado, o presidente nacional do PSDB, Teotonio Vilela Filho (AL),
atacava, sem pena, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Era 6 de maio de
2005. O alvo era o polêmico projeto de transposição do rio São Francisco - uma
das bandeiras do PSDB contra o mandato de Lula.
"Poucas vezes, na história da propaganda partidária no Brasil, se viu uma promessa tão demagógica, mentirosa, irresponsável e até criminosa com relação ao Nordeste", disse Vilela, ex-presidente nacional dos tucanos na era Fernando Henrique Cardoso.
Oito meses depois, elegeu-se governador de Alagoas; Lula foi reeleito na presidência. E, para chefiar o terceiro Estado mais pobre do Brasil, líder em analfabetismo, violência e um dos mais dependentes de verbas federais, mudou o discurso. E virou o mais petista dos tucanos.
Hoje, para Vilela, a era Lula é só elogios; o governo Dilma Rousseff - com um rosário de integrantes do primeiro e segundo escalões afastados - tem "uma senhora gestora". E sobre o PSDB atual, ele repete as críticas que ouviu. "Muito cacique e pouco índio. E onde os caciques não se entendem." Veja a entrevista que Vilela deu ao Terra.
Terra - O senhor já foi presidente nacional do PSDB e hoje o seu partido enfrenta uma crise sem precendentes - e que parece piorar porque as lideranças não se entendem. O que há com os tucanos?
Teotonio Vilela Filho - O PSDB que eu presidi tinha a seu favor uma situação privilegiada de se ter um presidente da República, que em um regime presidencialista tem peso extraordinário. Hoje, o partido se ressente da execução política nacional por não ter a presidência da República. E precisa de todas as formas manter e ampliar o seu conceito perante a população - conceito de bons gestores, de uma política mais republicana que os tucanos fazem questão de embandeirar, de fidelidade a princípios republicanos e democráticos. Isso só pode ser feito através dos Estados, sobretudo São Paulo, Minas.
Odilon Rios, Portal Terra
"Poucas vezes, na história da propaganda partidária no Brasil, se viu uma promessa tão demagógica, mentirosa, irresponsável e até criminosa com relação ao Nordeste", disse Vilela, ex-presidente nacional dos tucanos na era Fernando Henrique Cardoso.
Oito meses depois, elegeu-se governador de Alagoas; Lula foi reeleito na presidência. E, para chefiar o terceiro Estado mais pobre do Brasil, líder em analfabetismo, violência e um dos mais dependentes de verbas federais, mudou o discurso. E virou o mais petista dos tucanos.
Hoje, para Vilela, a era Lula é só elogios; o governo Dilma Rousseff - com um rosário de integrantes do primeiro e segundo escalões afastados - tem "uma senhora gestora". E sobre o PSDB atual, ele repete as críticas que ouviu. "Muito cacique e pouco índio. E onde os caciques não se entendem." Veja a entrevista que Vilela deu ao Terra.
Terra - O senhor já foi presidente nacional do PSDB e hoje o seu partido enfrenta uma crise sem precendentes - e que parece piorar porque as lideranças não se entendem. O que há com os tucanos?
Teotonio Vilela Filho - O PSDB que eu presidi tinha a seu favor uma situação privilegiada de se ter um presidente da República, que em um regime presidencialista tem peso extraordinário. Hoje, o partido se ressente da execução política nacional por não ter a presidência da República. E precisa de todas as formas manter e ampliar o seu conceito perante a população - conceito de bons gestores, de uma política mais republicana que os tucanos fazem questão de embandeirar, de fidelidade a princípios republicanos e democráticos. Isso só pode ser feito através dos Estados, sobretudo São Paulo, Minas.
Terra - Explique melhor.
Vilela - De alguma forma isso proporcionou o afloramento de lideranças que não conseguem - ou não conseguiram até agora - unir os seus projetos em torno de uma proposta, de um programa único para o Brasil. Então, o que vemos hoje é o que você acabou de dizer. São como as críticas que ouvi: muito cacique e pouco índio. E onde os caciques não se entendem.”
Vilela - De alguma forma isso proporcionou o afloramento de lideranças que não conseguem - ou não conseguiram até agora - unir os seus projetos em torno de uma proposta, de um programa único para o Brasil. Então, o que vemos hoje é o que você acabou de dizer. São como as críticas que ouvi: muito cacique e pouco índio. E onde os caciques não se entendem.”
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Entrevista Completa, ::Aqui::
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