“A China se prepara intensamente para virar
a primeira economia do mundo. A projeção mais recente da Goldman Sachs sobre o
ano da ultrapassagem é 2026, quando o PIB chinês se tornará maior do que o dos
EUA.
Paulo Rabello de Castro, Brasil Econômico
Mas pode acontecer antes, pela diferença de
crescimento das duas economias. No momento, a China ainda cresce a mais de 8%
ao ano, contra 2%, se tanto, nos EUA. Nos cinco anos da Grande Recessão (2008 a 2012), a China terá
avançado cerca de 60% contra apenas um dígito nos EUA.
Além de alterar a geopolítica mundial, o
avanço planetário chinês começa a bater de frente contra "interesses
brasileiros" - expressão que não gostamos de usar, como se o Brasil não
devesse ter interesses no mundo -, mas cujo termo os americanos, entre outros,
usam à vontade, quando se referem aos "American interests".
Exemplifico o embate de interesses
sino-brasileiros com o formidável avanço dos capitais e das empresas chinesas
em países africanos, especialmente os lusófonos, como Angola e Moçambique.
A língua portuguesa e nossas identidades
culturais deveriam ser mecanismos facilitadores de uma aproximação muito mais
efetiva do que a alcançada até hoje, mesmo com os importantes esforços do
Conselho Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que,
ainda no mês passado, realizou mais um encontro no Brasil.
Não se trata apenas de promover encontros
periódicos. As agendas e, portanto, os interesses de longo prazo dos países
componentes de um "bloco" regional ou cultural devem convergir,
mediante a troca mais frequente de oportunidades.”
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