“Uma parceria entre Brasil e Cuba pretende
transformar o Porto de Mariel, a 40
km de Havana, em um dos maiores da América Latina.
João Fellet, BBC Brasil
A presidente Dilma Rousseff visita nesta
terça-feira o local, que deve se tornar o principal símbolo do recente processo
de abertura econômica da ilha.
Serão investidos, em quatro anos, US$ 957
milhões, dos quais US$ 682 milhões (71%) financiados pelo BNDES (Banco Nacional
do Desenvolvimento Econômico e Social). Trata-se da maior obra em Cuba desde
que, em 1959, Fidel Castro liderou a Revolução que o levou ao poder e instaurou
o socialismo no país.
Três décadas atrás, o Porto de Mariel foi o
local de partida de cerca de 125 mil cubanos que deixaram a ilha caribenha rumo
aos Estados Unidos em 1980 atrás de melhores condições de vida e acabou
tornando-se um símbolo da derrocada da economia cubana.
O êxodo precedeu o declínio do então maior
parceiro econômico de Cuba, a União Soviética, e teve o dedo do presidente
Fidel Castro, que, diante de uma onda de invasões da embaixada peruana por
cubanos desejosos de emigrar, declarou que todos que quisessem abandonar a
pátria poderiam fazê-lo.
A migração em massa dos
"marielitos", como ficaram conhecidos, prejudicou as ambições de
reeleição do então presidente americano Jimmy Carter quando se descobriu que
parte do grupo era integrada por presos e doentes mentais cubanos.”
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