Haddad é símbolo da parceria Lula-Dilma


Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho

“Difícil dizer quem estava mais feliz na festa em que se transformou a troca de ministros no Palácio do Planalto na terça-feira: se o criador Lula, a criatura Dilma ou Fernando Haddad, o símbolo da bem sucedida parceria entre o ex-presidente e a presidente, lançado candidato a prefeito de São Paulo.

A cerimônia marcou a emocionante volta de Lula à cena política, depois de quase três meses recluso para tratar de um câncer na laringe, e mostrou que errou feio quem apostou em jogar um contra o outro para enfraquecer o governo e apagar a imagem do ex-presidente, que deixou o governo com mais de 80% de aprovação.

Dilma, que foi recepcionar Lula na garagem do Planalto, estava feliz em reencontrar o velho amigo, ainda comemorando os 59% de aprovação registrados pelo último Datafolha, um recorde em primeiro ano de governo desde que a pesquisa é feita.

E Lula não poderia ter escolhido momento melhor para voltar ao palácio. De terno e chapéu pretos, levou um tempão para subir ao gabinete presidencial do terceiro andar, que foi seu por longos oito anos, parado todo o momento para dar autógrafos, receber um abraço ou tirar fotos.

Foi uma choradeira geral, como disse Dilma em seu discurso de improviso. Quando os dois desceram a rampa que leva ao Salão Nobre no segundo andar, foi a consagração da parceria Lula-Dilma e de uma política de governo que deu certo. Foi bonito.

Fernando Haddad, levado por Lula para o Ministério da Educação e mantido por Dilma, deixou o cargo depois de sete anos para Aloizio Mercadante, outro velho amigo e parceiro do ex-presidente desde a fundação do PT.”
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