Última Instância
“O presidente da OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil) seccional Rio de Janeiro, Wadih Damous, está preocupado com o tom
das críticas feitas pelas associações de magistrados à corregedora do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça) e ministra do STJ (Superior Tribunal de
Justiça), Eliana Calmon. Para ele, há uma tentativa de "esvaziar" o
conselho e "desmoralizar" a ministra.
Damous disse à Agência Brasil que, “sem
sombra de dúvida, está se tentando desmoralizar a ministra, enfraquecer o seu
papel como corregedora. É um ataque ao CNJ, com objetivo de esvaziar suas
atribuições e seus poderes, sobretudo aos correcionais, e desmoralizar o
conselho. Num momento em que o CNJ desnuda determinadas práticas que deixam mal
certos magistrados e segmentos da magistratura, sofre um ataque dessa dimensão.
Isso é muito preocupante.”
Com base em fóruns de discussões na
internet, o presidente da OAB-RJ acredita que as críticas à corregedora
podem afastar as entidades classistas da maioria dos magistrados. “Se há
segmentos importantes demonstrando insatisfação, isso pode estar mostrando que
as cúpulas das associações estão se dissociando da grande massa dos
magistrados, que é composta, em sua maioria esmagadora, de mulheres e homens
honrados. Isso pode demonstrar que as associações de magistrados estão no
caminho errado”.
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