Mair Pena Neto, Direto da Redação
“A última coluna do ano é hora de fazer
votos. Às vésperas de 2012, estamos mergulhados num mundo de incertezas
políticas, econômicas, sociais e ecológicas. A crise causada pela falta de
regras e irresponsabilidade do capital financeiro deixa o planeta à deriva. A
Europa ruma para a recessão, os Estados Unidos se seguram nos títulos comprados
pelos chineses, e as novas potências têm pela frente o desafio de chegar a
níveis de desenvolvimento e de bem estar social que jamais proporcionaram a
suas populações.
Este é o aspecto mais interessante,
construtivo e animador. Se tomarmos o Brasil como referência, o país ganhou
importância inegável no cenário mundial e tende a ser voz ativa em todos os
fóruns internacionais. Tal protagonismo precisa ser aproveitado para a
construção de uma nova agenda, desenvolvimentista e preocupada com o homem. Se
o Brasil, ao lado de China, Índia e Rússia, passará a dar as cartas em algum
momento, que seja com outro discurso, e não com a velha cantilena que levou os
ditos países desenvolvidos ao córner.
A experiência brasileira dos últimos anos
prova que o melhor caminho para enfrentar a crise é o crescimento. O Brasil
atravessou os períodos mais críticos do abalo que sacudiu Estados Unidos e
Europa apostando no seu mercado interno e renegando as prescrições de rigidez
fiscal, causadora de retração e desemprego. O Brasil seria voz de Keynes em
meio à selva monetarista que continua a não enxergar nada além de Chicago.”
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