“Sem alternativas na sucessão municipal,
PSDB caminhava para indicar José Serra mais uma vez; agora, com o ex-governador
em evidência pelas denúncias de corrupção relacionadas à privatização, já não
há mais essa certeza
Brasil 247
O livro “Privataria tucana”, do jornalista
Amaury Ribeiro Júnior, tem provocado estragos em série no PSDB. Primeiro, expôs
a disputa interna entre Aécio Neves e José Serra – o autor iniciou sua
investigação a pedido do ex-governador mineiro. Segundo, revelou o
enriquecimento da filha, do genro e de pessoas próximas ao ex-governador
paulista, que participaram do processo de privatização. Além disso, expôs ainda
o partidarismo de boa parte da imprensa, que tem demonstrado indignação
seletiva diante dos escândalos de corrupção – na Folha, o caso despertou até a
crítica interna da ombudsman Suzana Singer.
O estrago mais relevante, no entanto, pode
se dar em relação à sucessão municipal em São Paulo. Sem um
candidato natural, o PSDB vinha testando nomes ainda pouco conhecidos do
eleitorado, como Bruno Covas, Andrea Matarazzo e José Aníbal – “tudo japonês”,
como disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Diante desse quadro,
Serra vinha despontando como a única alternativa viável do bloco PSDB/PSD para
manter o controle da prefeitura de São Paulo, que tem o terceiro maior
orçamento do País. “Já não é mais uma escolha tão simples”, disse ao 247, um
dirigente do PSD. “Seria bom encontrar uma alternativa”.
O receio é que o tema das privatizações –
ou da privataria – contamine o processo, num momento em que o prefeito Gilberto
Kassab tem baixa aprovação e aumenta a rejeição a José Serra. É até natural que
isso aconteça, uma vez que Serra pretendia “nacionalizar” a disputa municipal em São Paulo.”
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