Frei Betto, Correio do Brasil
“Da última vez que visitei Oslo, reuniam-se
na capital norueguesa ministros do turismo de países escandinavos e bálticos
para decidir: qual é a terra de Papai-noel?
Ministros da Noruega, Dinamarca, Suécia,
Finlândia e Islândia quebravam a cabeça para decidir como evitar propaganda
enganosa junto ao público infantil. A criançada queixava-se: alguém mentia.
Papai-noel não pode ter nascido -como sugeria a concorrência entre agências de
turismo- na Lapônia e na Groenlândia, lugares distintos e distantes um do
outro.
Sabemos todos que Papai-noel nasce, de
fato, na fantasia das crianças. Acreditei nele até o dia em que me perguntei
por que o Paulo, filho da empregada, não recebera tantos presentes de Natal
como eu. O velhinho barbudo discrimina os pobres?
Malgrado tais incongruências, Papai-noel é
uma figura lendária, reaviva a criança que trazemos em nós. E disputa a cena com o
Menino Jesus, cujo aniversário é o motivo de festa e feriado de 25 de dezembro.
Papai-noel enriquece os correios no período natalino, tantas as cartas que são
remetidas a ele. Aliás, basta ir aos Correios e solicitar uma das cartas que
crianças remetem ao velhinho barbudo. Com certeza o leitor fará a alegria de
uma criança carente.”
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