Mauro Santayana, Blog: Mauro
Santayana
“Circula pela internet vídeo de alguns
segundos, que mostra duas crianças de Sirte, sendo atendidas em algum lugar que
lembra um ambulatório improvisado. São o menino, de cinco ou seis anos, e a
menina, de idade parecida. O menino grita de dor, ainda que tenha as duas
mandíbulas, o queixo e a garganta dilacerados, provavelmente por estilhaços de
bomba. A menina está em silêncio, olhando o nada, como se o nada pudesse explicar-lhe
o sofrimento do menino, e o calcanhar arrancado, o pé quase pendente da perna.
O leitor Eugênio, enviou-me os links de acesso às imagens:
e
Como veterano jornalista, que cobriu crimes
bárbaros e acidentes terríveis, e a dura experiência de guerras civis e
invasões militares - mas acima de tudo, como pai e avô - confesso que nada foi
tão fundo na minha tristeza do que a imagem das crianças de Sirte. Das ainda
vivas, e das mortas da família Khaled. Foi possível imaginar as milhares de
outras crianças, mortas e feridas, na Líbia, no Afeganistão, no Iraque, na
Palestina. Diante das cenas, revi o Presidente Barack Obama, sua elegante
mulher e suas duas filhas, lindas, sorridentes, que o pai presenteou com um
cão, para que o fizessem passear pelos jardins da Casa Branca. Revi-as viajando
pelo mundo, e visitando escolas na África e na América Latina. E fiquei sabendo
da alegria de Monsieur Sarkozy em ser novamente pai.”
Artigo Completo, ::Aqui::
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