Braço direito de Serra sai da cadeia e vai para UTI


Alegando problemas cardíacos, João Faustino deixou a prisão e foi internado num hospital em Natal; fisgado na Operação Sinal Fechado, que também levou à prisão aliados da ex-governadora Wilma Faria, Faustino coordenou a campanha presidencial de José Serra fora de São Paulo; tensão no ninho tucano

Brasil 247

Durou pouco a temporada na prisão de João Faustino, ex-subchefe da Casa Civil do governo de São Paulo durante o governo de José Serra. Preso na última quinta-feira na Operação Sinal Fechado, que implodiu um esquema de desvio de recursos na inspeção veicular da capital potiguar, Faustino conseguiu deixar o hospital alegando problemas cardíacos. Braço direito de José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, Faustino despachava no Palácio dos Bandeirantes e era também suplente do senador Agripino Maia (DEM/RN).

Neste domingo, o Hospital São Lucas, um dos melhores de Natal, emitiu uma nota sobre o estado de saúde de João Faustino:

“Informamos que o senhor João Faustino Ferreira Neto encontra-se hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva da Casa de Saúde São Lucas desde as 15 horas do dia 26 de novembro do corrente ano, ora sob tratamento médico especializado. O estado clínico do paciente é regular.

As visitas estão restritas aos familiares conforme determinação da equipe médica assistente e normas desta instituição.

Natal, 27 de novembro

Miguel Angel Sicolo – Coordenador Médico

Francisco Edênio Rego Costa – Médico Cardiologista"

Na Operação Sinal Fechado, também foram fisgados aliados da ex-governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, que alegou motivações políticas na investigação do Ministério Público. Em nota, os procuradores rebateram a ex-governadora:

"Como era de se esperar o Ministério Público não ficou calado ao ter sua imparcialidade – inclusive política – questionada pela ex-governadora Wilma de Faria.

Agora há pouco enfrentou ponto a ponto da defesa “acusatória” da ex-governadora.

A conferir:

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, em razão de notas à imprensa elaboradas pela ex-Governadora do RN, Wilma Maria de Faria, e seu filho, advogado Lauro Maia, em que se faz adjetivações negativas a respeito da atuação desta Instituição e se lança um “desafio”, vem a público esclarecer o seguinte:

a)É comum que investigados, confrontados com fortes indícios e evidências de sua participação em ilícitos procurem desviar o “foco” do noticiário, por meio da desgastada estratégia de tentar acusar e desafiar o órgão investigador;

b)Quanto à acusação de má-fé por parte desta Instituição, muito provavelmente pelo fato de se ter dado publicidade a provas, indícios e evidências de que a ex-Governadora do RN, Wilma Maria de Faria, e seu filho, advogado Lauro Maia, tiveram participação na cadeia criminosa revelada na operação “Sinal Fechado”, esta deve ser prontamente repelida;”
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