Contra investigação de venda de emendas, base de Alckmin tenta enterrar Conselho de Ética


Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

“Os parlamentares que formam a base aliada do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa paulista trabalharam, nesta quarta-feira (26), para colocar fim ao Conselho de Ética. O órgão foi instaurado para investigar o esquema de vendas de emendas parlamentares ao orçamento denunciado pelo deputado Roque Barbiere (PTB).

Durante a reunião desta quarta, um requerimento de autoria do deputado Campos Machado (PTB), que compõe a base do governador, foi apresentado com pedido de encerramento dos trabalhos do conselho e o encaminhamento de todos os documentos ao Ministério Público. Os deputados que compõem o grupo de trabalho votaram pela inclusão do requerimento na pauta da reunião. “Quero que vá para o Ministério Público, porque aqui (Conselho) é jogo para a torcida”, despistou Machado.

Devido ao expediente em plenário, as atividades do conselho foram suspensas e, depois de retomadas, os deputados decidiram pela inversão de pauta para que o requerimento de Machado seja votado como o primeiro item. A sessão, a seguir, foi suspensa, e deve ser retomada nesta quinta-feira (27).

A estratégia da oposição para manter a investigação se alicerça em prolongar o debate para que esse requerimento não seja votado, já que a maioria dos parlamentares que compõem o Conselho faz parte da base aliada. O líder da bancada do PT, Enio Tatto, afirmou que muitas pessoas devem ser ouvidos pelos parlamentares ainda.

“O conselho não pode aceitar não trazer uma pessoa que quer vir ao Conselho de Ética prestar esclarecimento sobre o caso”, disse o líder petista, em referência à líder comunitária Tereza Barbosa, conhecida como Dona Terezinha, citada pelo deputado Major Olímpio (PDT) como testemunha do esquema. Ela confirmou as informações.”
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