“Quando mineiro decide virar a mesa,
poderosos do resto do País percebem que nada mais se garante apenas por
inércia, quem duvida que consulte a História
Fernando Pawlow, Brasil 247
Os manifestantes de sábado contra o
prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda não devem ser subestimados por sua
inferioridade numérica, centenas ou milhares são certamente os formadores de
opinião em seus bairros, quem conhece a política mineira (ou mesmo apenas a
belorizontina) sabe que as tempestades nestas ruas começam com pingos
espaçados.
Quem não se lembra da própria eleição de
Lacerda no segundo turno que quase não houve? Os círculos de comentadores de
manchetes de jornais na Praça Sete murmuravam nos dias próximos á eleição
contra o candidato do PMDB, e o centro de BH, onde nos dias do primeiro Turno a
vitória de Leonardo Quintão era tida como certa, se revelou chão do candidato
da situação. Os erros de campanha (Quintão se recusou até o último minuto a
atacar os problemas da capital, do transporte coletivo à insatisfação nos
bairros pobres, que desconhecem as maravilhas oficiais recitadas nos órgãos de
imprensa), o desempenho pífio nos debates desencantaram dia a dia, discreta mas
velozmente, os eleitores da candidatura que quase venceu no Primeiro Turno.
Portanto, se a prefeitura se ri do volume humano das manifestações... ri da
gestação de uma primavera mineira, na qual a massa se converte em povo e recusa
o cabresto dos caciques estaduais e municipais que elegeram um poste através de
aliança celebrada entre partidos adversários no plano nacional que foi louvada
como exemplo de concórdia a ser seguido caso o Brasil desejasse ser país
civilizado politicamente,como se o domínio de uma máquina contra dissensões
fosse um avanço.”
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