Mino Carta, Carta Capital
“Garantia Nostradamus: mil e mais mil. Não foram poucos os terráqueos- a esperar pelo fim de seu mundo na passagem de 1999 para 2000. Há quem tema agora um erro mínimo nos cálculos dos adivinhos, pois o apocalipse teria começado sob o nome de crise global. Só restaria identificar os quatro fatídicos cavaleiros.
Eméritos economistas, sem pretensão de cavalgar e endossar Nostradamus, enxergam nesta recaída do desastre de 2008 um momento pior, mais ameaçador, do que aquele desencadeado há três anos, e até pelo craque da Bolsa de Nova York em 1929. Não há razões para duvidar. Certo é que se as consequências do fracasso (anunciado) do neoliberalismo em 2008 foram em boa parte contidas no Brasil, capaz de crescer a taxas anuais notáveis, é inevitável uma alteração sensível do enredo nas circunstâncias atuais.
Como diz a presidenta Dilma Rousseff em uma longa entrevista a CartaCapital, por maior que seja o peso dos BRICS, os destinos da Europa e dos Estados Unidos estão fatalmente interligados aos nossos. É este, o da presidenta, o governo brasileiro chamado a enfrentar os efeitos de uma crise global que fermentou por obra e graça dos senhores do até ontem chamado Primeiro Mundo para a desgraça de todos nós.
CartaCapital, que não hesitou em apoiar a candidatura de Dilma Rousseff no início da campanha eleitoral do ano passado, confirma agora sua confiança na eleita. Nela enxerga determinação, imaginação, rapidez de reflexos e senso de responsabilidade indispensáveis ao enfrentamento. Importante, a nos motivar, a entrevista, que CartaCapital- divide em duas partes, a primeira publicada nesta edição, para definir as posições contingentes do governo. Ou, por outra, o rumo na moldura do presente, da problemática imediata.”
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