Manifestações reúnem cerca de 250 mil pessoas nas ruas da capital chilena

Karol Assunção, Adital

“Marchas e manifestações marcaram o segundo dia de Paralisação Nacional no Chile.

Os primeiros informes que chegam revelam que as quatro marchas realizadas na manhã desta quinta-feira (25) na capital chilena reuniram cerca de 250 mil pessoas. Representantes de organizações estudantis ainda convocaram a Jornada Continental de Lutas da Juventude Latino-Americana, que acontecerá em março de 2012.

Cerca de 250 mil pessoas estiveram hoje nas ruas de Santiago para as marchas do segundo dia de Paralisação Nacional. De acordo com informações da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), as marchas saíram de quatro pontos da capital chilena: Mapocho, Estação Central, San Diego con Placer e Praça Italia. Os manifestantes ocuparam as ruas até por volta das 13h30 (horário local).

As 48 horas de mobilização nacional reúnem mais de 80 organizações sociais, políticas e sindicais do país por um novo Código do Trabalho, reforma do sistema tributário, nova Constituição Política do Estado e educação pública gratuita. De acordo com Camila Vallejo, presidenta da Confederação dos Estudantes Chilenos (Confech), participam das manifestações estudantes, trabalhadores, sindicalistas, entre outros atores sociais. "[As manifestações] mostram a diversidade e a riqueza de movimentos que temos no Chile”, afirma.

A mobilização também mostra o descontentamento popular com o governo de Sebastián Piñera, presidente chileno. De acordo com a líder estudantil, o governo assumiu uma postura intransigente, sem abertura para o debate. "A discussão [ocorre] somente através dos meios [de comunicação] que ele domina”, comenta.

Para Camila, falta vontade por parte do Governo para mudar a situação do país. "Não há vontade, há intransigência. Não há vontade de mudança, nada mudou”, aponta.”
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