“Direita brasileira quer o governo seguindo o modelo intervencionista dos EUA
Hélio Doyle, Brasil 247
Sob pretexto de defender os direitos humanos em todo o mundo, a direita brasileira – que prefere ser chamada de liberal – tem cobrado da presidente Dilma Rousseff e do governo brasileiro uma postura mais crítica diante de países que violam esses direitos. Quer que a presidente critique os países que eles querem sejam criticados, com base em suas concepções ideológicas. E como o governo brasileiro não faz isso, acusam-no de priorizar suas concepções ideológicas.
Em resumo, o que querem esses opositores – principalmente embaixadores aposentados, jornalistas e analistas – é que suas concepções prevaleçam no governo, embora não sejam o governo. Defendem os direitos humanos apenas para criticar a política externa brasileira. E o modelo que advogam é o dos Estados Unidos, que historicamente desconhecem dois fundamentos do direito e da política internacional: a soberania das nações e a autodeterminação dos povos. Isso quer dizer que as nações são soberanas e seus povos têm o direito de decidir suas questões internas.
O modelo que essa direita brasileira defende é o do governo estadunidense, que se manifesta e interfere em questões internas de outros países e os ataca militarmente quando considera adequado. O governo dos Estados Unidos chega a ponto de elaborar um relatório sobre os direitos humanos em outros países, como se pairasse sobre todos e nada devesse nessa questão. E quer que o mundo todo adote seu modelo político-eleitoral.”
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