País vira polo de pesquisa para criação de produtos e serviços de multinacionais. Setor deve levar R$ 17 bi no ano

Bruno Rosa, O Globo

“O ritmo consistente do crescimento da economia brasileira está cada vez mais atraindo empresas estrangeiras, que, de olho na expansão da classe média, têm planos que vão além de novas fábricas: incluem a criação de polos para desenvolver produtos e serviços. A nova estratégia, comemorada por especialistas, envolve segmentos como os de telecomunicações, cosméticos, computadores e petróleo. Segundo dados de empresas e da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), foram destinados para a criação de centros e laboratórios R$ 14 bilhões em 2010, número que deverá subir para R$ 17 bilhões este ano - alta de 21%. Do valor, boa parte é de multinacionais, dizem especialistas.

No radar dos conglomerados internacionais estão, principalmente, São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje, dizem analistas, o setor de óleo e gás é o que consome a maior parte dos recursos. Mas o cenário começa a mudar. A francesa L'Oréal, que está dobrando o seu centro de pesquisa, no Rio, pretende ainda criar um novo espaço. Além de IBM, GE, Volvo Aero, Intel, Clariant e Beurau Veritas, a americana Dell pretende acertar até junho a construção de uma unidade de desenvolvimento em São Paulo (SP), que será a primeira da América Latina. A espanhola Telefónica também investe milhões de euros em SP.”
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