A direita que não quer ser direita

Por que o DEM não se assume como realmente é se há um eleitorado nesse campo ideológico?

Hélio Doyle, Brasil 247

O novo presidente do DEM, o senador José Agripino Maia, disse recusar a “pecha de direita”. Poucos querem se assumem de direita no Brasil, embora pesquisas mostrem que o eleitorado que se identifica com a direita seja grande. Parece que o politicamente correto é ser de centro-esquerda ou centro-centro. No limite, de centro-direita. Ser de direita, por um lado, ou comunista, por outro, está fora de moda.

Mas, queiram ou não, direita e esquerda continuam existindo no espectro político. Têm gradações, que vão do extremo ao centro, mas as ideologias políticas podem ser classificadas, em essência, como de direita ou de esquerda. Diferenciam-se em relação ao papel e ao peso do Estado, à regulamentação da economia e da sociedade, à presença do Estado em atividades produtivas, à política externa, à carga tributária, aos direitos trabalhistas e em vários outros temas.

O DEM tem posições claras sobre esses temas e fala em resgate do liberalismo econômico e em defesa da doutrina liberal, mas não quer se colocar como direita no espectro político brasileiro. Não são todos que pensam assim, claro. O deputado gaúcho Onix Lorenzoni, por exemplo, respondeu que é de direita, sim, quando Agripino recusou a “pecha de direita”. O senador Demóstenes Torres, de Goiás, colocou-se com mais clareza: “Não somos de ultradireita”. É verdade, quanto ao ultra – não se pode colocar o DEM ao lado de organizações fascistas e nazistas da extrema-direita.”
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