Secretário do Tesouro dos EUA culpa China pela apreciação do real

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, deu um show de hipocrisia imperial em sua recente visita ao Brasil. Reconheceu que a valorização do real é um problema sério para a economia brasileira, mas disse que a China, por manter o câmbio sob controle, é a grande culpada pelo fenômeno.

Umberto Martins, Vermelho

Ele se encontrou na segunda (7) com a presidente Dilma e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que reclamaram do déficit comercial que o Brasil vem acumulando no comércio com os Estados Unidos. Em 2010, o rombo foi de US$ 7,7 bilhões, resultado que significa, do outro lado, o maior superávit obtido pela grande potência capitalista em suas trocas bilaterais. Já com a China, o Brasil teve um saldo positivo de 5,2 bilhões no mesmo ano.

Hipocrisia imperial

Como era de se esperar, Geithner não admite publicamente que a política monetária estadunidense tem provocado uma inundação de dólares pelo mundo, aviltando o valor da moeda que lidera as transações econômicas internacionais e ensejando a chamada guerra cambial.

Ele deu a entender o contrário, em entrevista ao Valor Online publicada nesta terça-feira (8). “Nós temos um sistema de câmbio totalmente flexível. Nós mantemos a política de dólar forte e nunca vamos enfraquecer a taxa de câmbio para obter vantagens em relação a outros países”, assegurou. “É muito importante para o mundo que os EUA sejam bem sucedidos em reparar os estragos causados pela crise. O mundo está numa posição muito mais sólida do que estava há seis ou 12 meses, em parte porque os EUA ajudaram a promover uma expansão mais forte, evitando o risco de uma nova recessão por um longo período".
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