Na véspera da votação, Aécio e Alckmin evitam apoiar R$ 600

Ex-governador de Minas tentou articular apoio da bancada para proposta de R$ 560, defendida por centrais sindicais

Rosa Costa, Gustavo Uribe e Andrea Jubé Vianna, da Agência Estado / Estadão.com.br

A pretexto de estabelecer pontes com o movimento sindical, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez um gesto público contra o mínimo de R$ 600 defendido pelo correligionário José Serra, candidato derrotado à Presidência e tentou negociar o apoio da bancada tucana no Congresso à proposta de R$ 560. As bancada do PSDB da Câmara e do Senado, porém, rejeitaram a sugestão de Aécio. O argumento do PSDB é que isso estimularia um racha entre as correntes lideradas pelos dois líderes.

Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu um reajuste superior aos R$ 545 propostos pelo governo federal, mas também não encampou diretamente a proposta de Serra. "Na área federal, é preciso avaliar as contas da Previdência Social. Mas eu acho que poderia ser maior, levando-se em consideração a inflação de alimentos."

Segundo o governador, melhorar o mínimo é "uma medida de justiça social". Ele ponderou, porém, que os gastos elevados da União criam um "evidente" problema de natureza fiscal no País.

Estranho

O líder Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que não há motivo para recuar do compromisso do partido em favor do mínimo de R$ 600. "Foi um dos compromissos mais reiterados e o mais absorvido pela população. Seria estranho adotar uma postura durante e outra depois da campanha."

Para o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), o valor do mínimo defendido pelo partido tem "base técnica" e não pode ser abandonado. Mas ele endossou a tentativa de Aécio Neves de aproximação com as centrais sindicais.”
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