Claudia Antunes, folha.com
“O chanceler Celso Amorim disse nesta sexta-feira que o telegrama em que o embaixador americano em Honduras, Hugo Llorens, afirma não ter dúvidas de que houve um golpe "ilegal e inconstitucional" no país mostra que o Brasil estava certo no episódio.
"Fomos criticados aqui por muitos e o embaixador americano reconhece que aquilo ali foi um golpe, que contrariava a democracia nas Américas."
O telegrama, vazado pelo site WikiLeaks, foi enviado a Washington em 23 de julho de 2009, quase um mês depois da deposição do presidente Manuel Zelaya.
No texto, Llorens analisa juridicamente o episódio e afirma que a ação dos militares, da Corte Suprema e do Congresso Nacional não teve respaldo na Constituição hondurenha.
O embaixador americano diz que a tese de que Zelaya violara a lei ao organizar um referendo sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte "não foi provada" e que a acusação de que ele pretendia prolongar seu mandato é uma "suposição".
Llorens também chama de "ilegítimo" o governo de Roberto Micheletti, que assumiu após a expulsão de Zelaya de Honduras.
Para Amorim, será preciso esperar os vazamentos de documentos "de setembro ou outubro" de 2009 para ver por que os EUA, depois de condenarem o golpe, passaram a apoiar a eleição presidencial realizada sob os golpistas.
"Havia ligações grandes de setores do establishment norte-americano com o hondurenho, isso é público", disse o chanceler.”
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