‘Saio do governo para viver a vida das ruas’, diz Lula em despedida na TV

'Peço a todos que apóiem a nova presidenta', afirmou Lula sobre Dilma. Ele fez balanço positivo do governo e disse para povo ‘acreditar no futuro’.

Do G1

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quinta-feira (22) seu último pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV. Ele fez um balanço destacando o que considera conquistas de seu governo e pediu apoio a sua sucessora, Dilma Rousseff, que toma posse no dia 1º de janeiro de 2011. Sobre seu futuro, Lula disse que vai para as “ruas”.

“Saio do governo para viver a vida das ruas. Homem do povo, que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino e jamais fugir à luta. Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil, e acreditem nele”, disse o presidente.

Lula destacou logo no início de seu pronunciamento o simbolismo de sua sucessão por Dilma. “É profundamente simbólico que a faixa presidencial passe das mãos do primeiro operário presidente para as mãos da primeira mulher presidenta. Será um marco no belo caminho que nosso povo vem construindo para fazer o Brasil, se Deus quiser, um dos países mais igualitários do mundo”.
Para o presidente, os brasileiros hoje acreditam mais no país. Ele afirma ter semeado “esperança” e que em seu governo foi afugentada “a onda de fracasso que pairava sobre o país”. Lula destaca atributos que o podem ter levado a fazer uma boa administração.

“Se governei bem, foi porque, antes de me sentir presidente, me senti sempre um brasileiro comum que tinha que superar as suas dores, vencer os preconceitos e não fracassar. Se governei bem, foi porque, antes de me sentir um chefe de estado, me senti sempre um chefe de família que sabia das dificuldades dos seus irmãos para colocar comida na mesa, para dar escola para seus filhos, para chegar em casa todas as noites a salvo dos perigos e da violência. Se governamos bem, foi, principalmente, porque conseguimos nos livrar da maldição elitista que fazia com que os dirigentes políticos deste grande país governassem apenas para um terço da população e se esquecessem da maioria do seu povo”, afirmou.”
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