Gilberto Costa, Agência Brasil
“O Reino Unido da Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) é aquele que tem o modelo mais liberal de regulamentação da mídia eletrônica, em comparação aos de outros países apresentados no seminário internacional sobre convergência de mídias, promovido em Brasília pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).
De acordo com Vicent Edward Affleck, diretor internacional da agência britânica de regulação da mídia, o Ofcom (sigla em inglês para Office of Communications) grupos de interesse da sociedade civil atuam “ativamente” na fiscalização da mídia no Reino Unido e acionam a agência em casos que considerem irregulares.
“Se houver decisão de intervir será depois do fato”, disse Affleck ao explicar que não há censura prévia e as empresas de comunicação evitam contrariar a legislação. “A indústria resolve por si só”. Ele acredita que os meios de comunicação preferem a autorregulamentação.
Conforme o diretor, o Ofcom, diferente do que faz por exemplo a agência francesa de regulamentação (CSA), não monitora o tempo das aparições dos políticos de diferentes partidos na mídia eletrônica.
Apesar de serem aparentemente mais liberarias, o Ofcom publica a cada 15 dias um relatório detalhado sobre o que investigou. Ele citou o caso de uma emissora de TV que foi multada porque promovia falsos sorteios no ar quando os ganhadores já estavam escolhidos. Segundo ele, depois da sanção vários programas com sorteio foram extintos da TV na Grã-Bretanha.”
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