Daniel Junqueira, DCI
“As instituições de ensino privadas começam a ver nova realidade nas salas de aula. O aumento da renda tem impulsionado o número de estudantes emergentes em busca de formação acadêmica, de olho em um futuro promissor, o que amplia os negócios do ensino privado. A perspectiva das empresas é adotar novas maneiras para atender a esse perfil maior de interessados em vagas no ensino superior pago, com parcelamentos e opções de crédito, para evitar inadimplência.
Hoje, os filhos de operários não apenas sonham com o ensino superior, como estão cada vez mais inseridos dentro das universidades brasileiras. A nova classe média, que melhorou sua qualidade de vida nos últimos anos e passou a atuar mais como consumidora, também cresce dentro das instituições de ensino.
De acordo com pesquisa realizada pelo Data Popular, o número de universitários brasileiros da Classe D cresceu de 3,6 milhões, em 2002, para 5,8 milhões, em 2009. Esse novo perfil de estudantes que ingressam nas faculdades faz com que muitas instituições criem medidas que facilitam a inclusão dentro das salas de aula.
Em pesquisa realizada em 2002, a classe A representava 25% dos estudantes matriculados em instituições de ensino superior, enquanto a classe D tinha apenas 5%. Em 2009 a situação se inverteu: a classe A tem apenas 7,3% dos estudantes universitários, contra 15,3% da classe D. O número ainda não reflete a realidade de todas as universidades.
O Centro Universitário FEI possui a maior parte dos alunos de classes A e B, mas a representatividade dos estudantes com renda per capita de até R$ 1,2 mil já é de 11%, sendo que eles estão concentrados no período noturno.
A expansão das universidades particulares não se dá apenas no sul e no sudeste. Em alguns casos, o mercado do norte e do nordeste brasileiro mostram-se atrativos para a atuação de instituições. Recentemente, a Universidade Estácio de Sá adquiriu a Faculdade Atual da Amazônia, em Boa Vista, no Estado de Roraima. A instituição também conta com unidades em Macapá, Belém, Maceió, Salvador, Fortaleza, Juazeiro do Norte, Recife, Natal e Aracaju.”
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